O Huawei P10 é um dos melhores smartphones no mercado, tendo sido dos grandes anúncios do MWC de Barcelona. No entanto, foram agora levantadas suspeitas de que a Huawei poderá ter cortado nos custos, optando por memórias mais fracas em algumas versões.
De modo sucinto, o Kirin 960 é compatível com memória flash UFS 2.1, que possuem uma performance de ponta em termos de escrita/leitura. Só raramente os fabricantes destacam qual o tipo de memórias instalado, mas no caso do Huawei P10 foi assumida a presença de UFS 2.1.
No entanto, com recurso ao Androbench, vários utilizadores têm obtido resultados abaixo dos 300MBps, velocidades consistentes com a utilização de memórias eMMC, substancialmente mais baratas, mas igualmente mais lentas.
Anteriormente, também a Apple recorreu a memórias mais lentas nas versões base dos seus iPhones. No entanto, do que é possível ver até agora, os resultados obtidos no Androbench não possuem qualquer relação, quer se trate do P10 com 64GB ou 128GB. A Huawei poderá assim ter utilizado, não só memórias UFS 2.1 e eMMC 5.1, mas igualmente UFS 2.0.
Porquanto o Huwei P10 seja uma máquina potente, se algumas versões recorrerem a memórias eMMC, então a performance não será idêntica nestas versões, mesmo que custem o mesmo que as iterações com UFS. Particularmente, as memórias eMMC serão menos capazes de encaixar tarefas extremas, como a gravação de vídeo 4K.
Para melhor compreendermos este problema, bastará dizer que, enquanto alguns utilizadores têm obtido as banais velocidades de leitura abaixo de 300MBps, aqueles com memórias UFS ultrapassam os 700MBps.
Entretanto, diversos utilizadores do notável XDA Developers têm verificado a possibilidade de alguns modelos utilizarem RAM DDR3, em vez da expectável DDR4.
A informação é, no entanto, contraditória e, nesta fase não podemos excluir que existam problemas em alguns dispositivos, já que os benchmarks podem ser influenciados por diversos factores que não o hardware puro dos dispositivos.
A experiência do autor em dispositivos Huawei joga a favor da marca, já que por diversas vezes benchmarks e mesmo o próprio sistema leu mal as especificações físicas do dispositivo. Neste momento, a opção da Tek Genius é investigar esta questão sem embarcar em conclusões precipitadas.
Até agora não se conhecem posições oficiais por parte da Huawei, ou explicações para as flutuações enormes em termos de capacidade nos dispositivos. A Tek Genius está no entanto em contacto com a Huawei para obter informação taxativa quanto a esta questão.
A Tek Genius ainda não teve possibilidade de obter um Huawei P10 para analisar as suas capacidades técnicas, pelo que só se pronunciará sobre a justeza destas alegações quando puder testar o dispositivo em primeira mão.
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