Algures em Los Angeles, uma empresa praticamente desconhecida prepara-se para lançar o seu primeiro smartphone, um equipamento específico para gaming, que será a ponta de lança da marca Wonder. O produto é suficientemente interessante para a empresa ter recolhido investimentos de $14 milhões de Dólares, e não de qualquer investidor.
A longa lista de investidores inclui desde logo a gigante TCL (actualmente responsável pela BlackBerry, Alcatel e Palm), mas também Shakira, Neymar, Kevin Spacey ou Hayao nakayama, da Sega. Mas o que quer então trazer para o mercado esta misteriosa marca?
Aparentemente, o futuro smartphone Wonder, que poderá sair já em 2018, será um equipamento para gaming e entrará em choque directo com a Nintendo Switch: também o Wonder poderá ser utilizado para gaming na TV com controladores e desconectado facilmente para gaming em qualquer lado. A Wonder já estará inclusivamente em negociações com diversos estúdios para a criação de jogos para a sua plataforma, e vê este futuro smartphone como o centro de todo um ecossistema.
Em entrevista ao site Wired, Andy Kleinman, um dos fundadores da startup, revelou ter estado já a estudar equipamentos de realidade virtual e wearables, mas acredita que primeiro o smartphone Wonder tem que resultar. Kleinman espera aprender com os erros do passado, como o Sony Xperia Play ou o Nokia N-Gage, reconhecendo que criar um smartphone especialmente pensado para o gaming pode ser um erro craso. O desafio é, então, criar um smartphone capaz de parecer vocacionado para o entretenimento, sem parecer um brinquedo.
O caminho será um equipamento ao qual poderão ser acoplados os módulos gaming, mas que no resto das ocasiões será um respeitável smartphone em direito próprio. Crucial nisto será o Wonder Mode, um sistema que permitirá alternar entre um smartphone normal e uma máquina de gaming com overclocking.
Para isso, Kleinman conta com o design Yves Behar. No currículo deste designer industrial encontram-se marcas de grande importância e um foco muito importante nas novas tecnologias: Behar já teve como clientes a Movado, SodaStream ou mesmo a agora falhada Juicero, mas este será o seu primeiro smartphone.
E o duo já estudou diversos protótipos, muitos dos quais não correspondem aos padrões estéticos actuais. Por exemplo, a equipa determinou que os ecrãs bezel-less não são adequados para um dispositivo gaming pela possibilidade dos dedos taparem demasiado o ecrã, e pensaram igualmente na utilização de ecrãs mate, já que estes reduzem os reflexos da exposição à luz.
O processo de escolha e decisão é altamente complexo: Kleinman necessitou de 3 horas de reunião com parceiros Chineses para tentar tirar 0,2mm e espessura ao smartphone.
Mas Kleinman e Behar estão na fase final de testes de equipamentos, e será já no início de 2018 que o novo dispositivo estará disponível no mercado, quiçá com o potencial para revolucionar o gaming mobile, sendo o smartphone pelo qual todos os gamers sempre esperaram infrutiferamente.
Até lá, os gamers podem colaborar. A Wonder quer que se juntem ao Alpha Program, que inclui fóruns de discussão, acesso VIP e informações adiantadas sobre os produtos Wonder.
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