Há poucos dias mencionamos que uma marca Chinesa terá conseguido ultrapassar os impedimentos técnicos para a colocação de leitores biométricos em ecrãs LCD, uma solução que promete autorizar este tipo de leitores em equipamentos de gama baixa. Ora não há marca melhor conhecedora deste mercado do que a Xiaomi, que foi a primeira marca a anunciar que recorrerá a esta tecnologia em 2020.
Os smartphones de gama baixa podem ser hoje em dia extremamente interessantes por comparação ao que eram há apenas um ou dois anos. Marcas como a Redmi e mesmo a Espanhola BQ têm sido particularmente agressivas no segmento abaixo dos 200€, mas podemos ir ainda mais longe, uma vez que abaixo dos €150 os leitores biométricos são ainda uma opção, não a regra. Digo, portanto, que os smartphones mais baratos não cumprem com as necessidades de privacidade e segurança dos seus utilizadores.
Face a isto, o futuro trará certamente maiores avanços em termos de reconhecimento facial e outras medidas biométricas de protecção e encriptação, e os leitores biométricos terão que se generalizar para os smartphones mais baratos. A tecnologia da Fortsense é, obviamente, excelente neste sentido, já que permite a utilização de ecrãs LCD baratos, em vez dos melhores, mas mais caros OLED.
Não fica excluído que a marca consiga colocar estes leitores no mercado ainda em 2019, mas 2020 será uma altura mais provável, tendo em conta que a tecnologia é interessante, mas nova, e poderá necessitar de tempo para amadurecer. Os leitores biométricos no ecrã não são isentos de problemas de dentição, e mesmo tecnologias mais robustas, como a utilizada no Samsung Galaxy S10, podem causar alguns dissabores. A cautela da Xiaomi é, assim, justificada, ainda que a marca arrisque que outros cheguem primeiro a este mercado. Primeiro, mas não melhor, parece ser a opção da Xiaomi neste momento, e ninguém a pode censurar.