A Huawei foi a pioneira, a primeira das marcas Chinesas a reconhecer o interesse dos mercados fora da Ásia. Podemos dizer que a Xiaomi foi a segunda, e a sua capacidade de oferecer excelentes equipamentos a preços baixos representou uma mudança profunda no mercado Europeu. Agora é a vez da Realme confirmar que se lançará oficialmente na Europa e EUA, ainda durante a primeira metade de 2019.
O mercado de gama média é dos mais povoados e competitivos do mercado, já que nem todas as marcas podem competir na gama alta pura, e por isso temos que nos perguntar se a Realme terá sucesso nesta nova aventura, e quantas marcas poderão ficar pelo caminho, com a entrada de mais esta concorrente. A chave – para muitos – será conseguirem redimensionar-se para sobreviver com menor quota de mercado, já que há pouco espaço de crescimento, principalmente num ano que tem visto quebras nas vendas. Por outro lado, a chegada de marcas como a Realme pode ser o catalisador perfeito para revitalizar o mercado.
A Realme tem cerca de um ano de existência como sub-marca da Oppo, mas independente em termos estratégicos. De certo modo, está para a Oppo como a Redmi está para a Xiaomi. O seu mais recente dispositivo é um equipamento de gama média como ainda estamos pouco habituados na Europa: o Realme 3 Pro chega com um Snapdragon 710, bateria de 4045mAh com carregamento rápido VOOC 3.0 e duas câmaras principais.
Este deverá ser o primeiro equipamento disponibilizado na Europa, especificamente em Londres, com outras cidades Europeias ainda por confirmar.
Até agora, a Xiaomi jogava num campeonato onde sabia driblar como ninguém, pelo que a Realme pode ser considerada rival mais directa no segmento abaixo dos €200. A Xiaomi, no entanto, tem ainda trunfos na manga, incluindo a sua enorme capacidade para lançar dispositivo atrás de dispositivo sem comprometer em dinamismo e funcionalidades. Por isso, é pouco provável que a Xiaomi saia mal na fotografia. Se tanto, ambas marcas ficarão mais fortes.
Os consumidores agradecem!
