A Xiaomi iniciou os seus esforços na área dos processadores em 2014, e só em 2017 anunciou o seu primeiro Surge S1, mas depois já não ouvimos mais nada sobre o suposto sucessor, o Surge S2, que se terá atrasado por dificuldades imprevistas. Mas, a Xiaomi não desistiu de conceber os seus próprios processadores, tendo agora adquirido uma participação na VeriSilicon, uma empresa de Taiwan especialista no desenho de chips.

A VeriSilicon Holdings Co. Ltd trabalha geralmente em subcontratação com outras empresas, e possui certamente o know-how para ajudar a Xiaomi a conceber a próxima geração de processadores domésticos. Ao adquirir 6% da empresa, a Xiaomi tornou-se o seu segundo maior investidor, sendo o maior o Fundo Chinês de Investimento da Indústria de Circuitos Integrados.

Conceber um processador competitivo é uma tarefa difícil de levar a bom porto. Nomes com grande experiência como a Intel ou a Texas Instruments viram-se fora do mercado Mobile há muito tempo e a Qualcomm tem uma história de mais de trinta anos, com o primeiro Snapdragon a surgir há dez anos. A Huawei é um exemplo supremo de como é possível desafiar hegemonias, mas também demorou diversos anos para chegar a chips verdadeiramente competitivos e respeitados pelo mercado.

Com a aquisição de parte da VeriSilicon, a Xiaomi poderá encontrar mais depressa o caminho para maior independência na conceção dos seus smartphones.

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