A marca Coreana tornou-se a maior no mercado Europeu de smartphones, aproveitando as quedas das grandes rivais Huawei e Apple. Mas não são apenas os dissabores das concorrentes que catapultam a Samsung para o melhor resultado dos últimos cinco anos: a marca adaptou uma nova estratégia de mercado que tem dado sinais claros de sucesso.
Essa estratégia passa pela contenção nas margens de lucro, favorecendo equipamentos em segmentos mais baratos, com especificações mais concorrenciais face às marcas Chinesas, para uma maior presença no mercado, abdicando das margens de lucro mais amplas que desgastaram a presença da Samsung nos segmentos de entrada.
Este ano, não só os Galaxy S10 têm superado as expectativas face aos S9 e S8, como a marca tem conseguido obter vendas destacadas na sua renovada família Galaxy A, que inclui equipamentos de gama de entrada e gama média. O resultado não é um domínio facilitado apenas por concorrentes em estagnação, mas pelo crescimento das vendas que subiram 20% em comparação com o período homólogo de 2018.
Segundo a Canalys, a Samsung colocou mesmo 3 smartphones entre os 5 mais vendidos no espaço Europeu. São esses o Galaxy A50, com 3.2 milhões de unidades vendidas, o Galaxy A40 com 2.2 milhões, e o Galaxy A20e, com 1.9 milhões. Só o Xiaomi Redmi Note 7 se intromete nesta dominância, tal como o substancialmente mais caro iPhone XR, que pertence a um campeonato completamente diferente.
Se a estratégia da Samsung está a resultar, a queda de 16% da Huawei não é alheia a este sucesso. Os danos causados pela administração Trump e o seu embargo são certamente motivadores da performance abaixo da expectativa por parte da Huawei, mas é digno de nota que os utilizadores não migraram para outras marcas Chinesas como a Xiaomi, mas para a Samsung. O seu topo de vendas em 5 anos diz-nos, portanto, que a Samsung conseguiu finalmente perceber como funcionam os segmentos mais baratos e se apresenta como uma real alternativa às marcas Chinesas e à sua relação qualidade-preço difícil de superar.
Xiaomi cresce apreciavelmente
Outra marca com enorme performance foi a Xiaomi. A sua política de expansão no mercado Europeu permitiu-lhe chegar a novos países neste último ano, com resultado de vermos um aumento de 2.9 milhões de unidades vendidas para 4.3 milhões, ou um crescimento de 48%.