Parece que os Redmi têm sempre algo de interessante a dizer no mercado dos smartphones baratos. Interessante o suficiente para se tornarem sucessos e obrigarem os smartphones mais caros a oferecer ainda mais do que já oferecem. Foi assim com o Redmi 9, é agora com o novíssimo Redmi 10, que reúne excelentes especificações na cama de entrada.

Com o Redmi 10, a Redmi dá um grande salto qualitativo em relação ao Redmi 9. O processador escolhido é o MeditaTek G88 que terá ao seu dispor um máximo de 6GB de RAM e 256GB de armazenamento interno. Até aqui, tudo bem, mas no ecrã a Redmi dá-nos a primeira surpresa louvável, com um muito simpático ecrã de 6.5″ FHD com taxa de atualização de 90Hz. Mais importante ainda, o painel IPS chega com taxa de atualização adaptativa, podendo utilizar taxas variáveis de 45Hz, 60Hz e 90Hz conforme os conteúdos que estamos a utilizar. É algo que podemos encontrar em alguns smartphones significativamente mais caros, mas só mesmo “alguns”, mas a partir de agora vai tornar-se uma necessidade. Sem confirmação, o ecrã parece ser AMOLED, não se vendo leitor biométrico em qualquer local.

As vantagens da taxa de atualização variável é que permite gerir muito melhor a autonomia do smartphone, algo que é afetado pelas taxas de atualização elevadas, perfeitamente desperdiçadas se estivermos uns segundos a ler um conteúdo sem sequer fazer scroll. Não que o Redmi fosse ter grandes problemas com a bateria de 5000mAh, mas não custa nada melhorar as nossas possibilidades. A bateria tem carregamento de 18W e carregamento inverso de 9W, o que é uma simpatia a incluir para ajudarmos aquele amigo em sarilhos.

A segunda surpresa do Redmi 10 é o departamento fotográfico. O ecrã conta com uma câmara selfie de 8MP e atrás encontramos um setup relativamente típico com uma câmara ultragrande angular de 8MP, uma macro de 2MP e um último sensor de 2MP para dados de profundidade. Quer dizer, é algo que encontramos ad nauseum em smartphones de 300 euros. Atipicamente, no entanto, deixo o melhor para o fim: um sensor de 50MP é o eleito para sensor principal.

Tipicamente, os smartphones mais baratos utilizam sensores de 48MP ou mesmo alguns sensores de 64MP com algum tempo, mas os sensores de 50MP estão a criar tendência na gama alta. Em especial, no extraordinário Xiaomi Mi 11 Ultra que utiliza o recente Samsung ISOCELL GN2, ou o GN1 que utilizarão os Pixel 6. Este tipo de sensor promete oferecer melhor performance HDR e noturna que os sensores de 108MP que são, por seu turno, mais nítidos, já que oferece pixéis maiores do que os de 108MP.

A Xiaomi não detalhou qual é o chip a bordo, claro, pelo que não podemos dizer que é o GN2. Mais provavelmente será o Omnivision OV50A, ainda assim um sensor com menos de meio ano no mercado e – a confirmar-se – estrear-se-á com o Redmi e que traz excelentes predicados. Seja como for, um smartphone por menos de €200 com uma câmara de 50MP é de despertar grande interessa, não importa qual chip.

Ah, portanto o preço. Oficializado na China, o Redmi 10 tem um preço convertido em cerca de €150, mas não foram ainda anunciados os preços para o mercado global. Aguardamos por este dado, para agitar as águas.

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