A Huawei tem tido anos difíceis, devido às sanções Americanas que a impedem de aceder a tecnologia Americana, o que significa tudo desde chips, à tecnologia com que estes são fabricados, mesmo se esta seja adquirida a países terceiros. Significa também que a Huawei não pode, atualmente, aceder a processadores com conectividade 5G ou ter os serviços Google nos seus smartphones. Ironicamente, por mais “medo” que os Americanos possam ter da Huawei, o Android 13 tornará central à sua identidade uma tecnologia desenvolvida pelos investigadores da Huawei.
Em particular, o Android 13 terá por defeito o sistema de ficheiros EROFS, desenvolvido e patenteado pela Huawei e que foi integrado no kernel do Linux. Este sistema deverá ser incluído como o padrão nas partições apenas de leitura, como a partição destinada ao sistema, permitindo à Google endereçar o tamanho ocupado pelo sistema, sem degradação de performance e oferecendo grandes vantagens para os utilizadores finais, que passam a ter algum espaço extra no armazenamento.
A informação chega através do Esper (via) e deverá alargar o sistema EROFS a praticamente todas as marcas de smartphones, pelo menos nos casos em que os seus smartphones sejam lançados com Android 13.
É assim que, ironicamente, a Huawei se vê privada de utilizar os Google GMS e outras tecnologias Americanas, mas uma tecnologia desenvolvida por si se torna um pilar do próximo Android. Seria talvez uma oportunidade para se parar para pensar quanto à sempre-questionada veracidade e substância das acusações da administração dos EUA à tecnológica Chinesa.