A Associação de Utilizadores de Veículos Eléctricos (UVE) organizou no último fim de semana (8 e 9 de Julho) o maior encontro de veículos eléctricos da Península Ibérica – o Encontro Nacional de Veículos Eléctricos (ENVE), que ocorreu nos Jardins do Palácio de Cristal no Porto.
Este encontro aconteceu em paralelo com um evento anual organizado pela Câmara Municipal do Porto, o CIDADE+, com actividades de promoção à sustentabilidade destinadas a toda a família.
A edição 2017 do ENVE registou o maior número de expositores de sempre (38), entre automóveis, motos, um comboio turístico, um barco electro-solar e bicicletas eléctricas.
Em termos de números, foram registados 247 veículos eléctricos, sendo que 187 pertenciam a participantes e ainda 60 automóveis e motos em exposição e para test-drive. Assim, foi ultrapassado o recorde de Portugal e também o Ibérico que pertencia ao encontro ocorrido em 2015 em Lisboa, onde estiveram presente 199 veículos eléctricos.
A ENVE 2017 foi inaugurada oficialmente pelo Ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, e contou com diversas actividades: apresentação de veículos, sessões de esclarecimento de dúvidas, uma tertúlia, um desfile, sorteios e ainda passeios turísticos e test-drives.
Este encontro foi também lugar de algumas novidades quer de automóveis quer de motos, neste segmento de mercado: Mini Clubman PHEV, Smart For Two, Smart For Two cabrio, Smart For Four, Hyundai Ioniq 100 % Eléctrico e PHEV, Toyota Prius PHEV, Birò – quadriciclo eléctrico e maxi scooter da BMW, a C-Evolution.
Uma revolução que veio para ficar
A título pessoal, confesso que este encontro me surpreendeu bastante não só pela quantidade e variedade de soluções disponíveis, mas também pela adesão das pessoas que tiveram oportunidades de estar no evento e de experimentar os veículos. Tivemos a oportunidade de testar um automóvel – o BMW i3 – que já testado pelo João, editor do segmento de motores na TekGenius, e que nos surpreendeu bastante pelo design arrojado e conforto na condução, para além de bicicletas eléctricas, seg-ways e uma scooter.
Nas conversas que tivemos possibilidade de assistir, percebemos que ainda há questões que preocupam os actuais e potenciais consumidores, como a vida útil da bateria e a consequente manutenção da autonomia após a compra, e também alguns aspectos ligados à rede de postos de carregamento rápido. Contudo, saímos do encontro com a convicção de que esta revolução “silenciosa” será em breve uma necessidade e uma realidade cada vez mais presentes.
