Há quem goste muito de sopas e depois há os que dão sopa na sopa. Eu gosto bastante de sopa, principalmente no Inverno. Naqueles dias muito frios, nada melhor que uma sopa para nos aquecer o corpo e alma. Existem poucas coisas melhores do que o estarmos a comer uma sopa bem quentinha e aquecermos as mãos geladas na tigela.
E o que nos aquece mesmo a alma é a sopa da nossas mães, não há mesmo nada igual. Mas quando saímos do ninho tudo fica por nossa conta, incluindo a sopa. Não costumo ter muitas dificuldades a fazer uma sopa, desde que não peçam nada muito elaborado e digno de um chef com uma estrela Michelin. Para além da falta de habilidade, também não há paciência para deixar uma sopa com um aspecto de algo que merecia estar no expositor. Para mim sopa é sopa e não vale a pena inventar com embelezamentos janotas.
O que é que me chateia a fazer sopa? Passar tudo. Gostava de dizer que corre sempre bem e que só me chateia a tarefa propriamente dita, mas na realidade não é bem isso que acontece. Passar a sopa aborrece-me bastante porque das duas uma, ou há salpicos e vestígios de sopa pela cozinha, ou ficam alguns bocados de legumes por passar e só percebo isso quando o meu namorado encontra um bocado de uma cenoura perdido. Por vezes acontecem as duas coisas.
A Worten, sem adivinhar este meu pequeno problema com a sopa, emprestou-nos uma das suas Jullie. Para quem não conhece, este é um robot de cozinha da Becken nomeado Produto do Ano 2017. E, para além de sopas faz mais algumas coisinhas, como batidos, compotas e iogurtes. Este robot vem acompanhado de um livro de receitas e, para quem quiser, pode ainda aceder ao site da Jullie e procurar a receita que mais lhe agrada.
Usar a Jullie é realmente bastante simples, apenas temos de descascar e cortar os ingredientes necessários para a nossa receita e colocá-los dentro do copo do robot, adicionar a água com o copo medidor que acompanha o robot, isto no caso de uma sopa, e o tempero. De seguida é só pressionar o botão Menu e escolher o programa adequado à nossa receita. Por fim é só pressionarmos o botão Start. O restante fica a cargo da Jullie e sim, o pesadelo de passar a sopa teve um fim. No final, cerca de 20 minutos depois, se preferir uma sopa um pouco mais passada só tem pressionar o botão destinado a essa função, indicado no livro da Jullie.
Depois de usar a sua Jullie, a limpeza é muito fácil, uma vez que o robot não tem muitos recantos onde a sujidade poderá ficar escondida e onde a esponja não consiga chegar. No entanto, a pensar nesta dificuldade que poderá surgir, a Jullie vem acompanhada de um escovilhão de limpeza.
Esta é bastante rápida a cozinhar e se já está a questionar-se sobre o barulho, este robot é relativamente silencioso. No entanto, em algumas fases do processo, como enquanto passa a sopa, o barulho ainda é algum como seria de esperar.
Quando a Jullie termina a sua tarefa é emitido um sinal sonoro para que fique a saber que a sua receita está pronta. Se quiser silenciar este sinal, não existe nenhum botão para o fazer e, como tal, tem duas opções: ou desliga a Jullie da ficha ou abre a tampa. Para desligar o robot não existe nenhum botão dedicado a essa função, tal como também não existe para ligá-lo. Para isso é necessário ligar ou desligar a Jullie da ficha eléctrica, o que nem sempre poderá ser muito prático.
Outra funcionalidade que seria bastante interessante de encontrar neste equipamento, era a possibilidade puder programar as horas para quando queríamos que tudo estivesse pronto.
Excepto estes pormenores, a Jullie faz tudo o que promete e facilita-nos um pouco a vida no que toca especialmente a fazer sopas. Mas nada disto é muito diferente de fazer uma sopa numa panela e no fogão. Temos na mesma de descascar e cortar os legumes, juntar água e temperar. No entanto, como já referi, não ter de passar a sopa foi de facto a minha parte preferida nesta experiência, obrigada Worten! Só ainda não foi desta que convenci o meu namorado a aventurar-se na cozinha.
