A Apple tem um problema e chama-se Qualcomm. As duas empresas encontram-se envolvidas numa longa luta judicial, com a Qualcomm a querer impedir a venda do iPhone no crucial mercado Chinês. A Apple, entretanto, necessita dos modems Qualcomm que têm mostrado ter melhor performance real que as alternativas da Intel. No entanto, a grande maçã não quer esperar pelo tribunal, e os iPhone e iPad de 2018 poderão ser equipados com modems Intel e MediaTek.
A Apple não estará, neste momento, preocupada com qualquer decisão do tribunal que dê razão à Intel. Esta movimentação deve ser encarada como um braço de ferro da Apple que ameaça assim retirar à Qualcomm vários milhões de Dólares de lucro, negando-lhe um cliente tão importante quanto a Apple.
No centro desta disputa estão as royalties. A Apple diz que a Qualcomm lhe deve $1 bilião de Dólares em rebates, enquanto a Qualcomm diz que a Apple indicou aos fabricantes para não pagarem as royalties à Qualcomm. É uma disputa ao estilo da galinha e do ovo, mas nenhuma das duas empresas pode dar-se ao luxo de não a ultrapassar.
Mesmo que a Apple possa considerar a Intel e a MediaTek sobre a Qualcomm, poderá arriscar menor performance dos modems, principalmente quando avançarmos para a rede 5G. Aqui a Qualcomm tem uma vantagem. Não é totalmente certo que a Intel esteja para trás, mas a MediaTek está-o definitivamente, já que mesmo nos seus SoC a performance dos seus modems é tipicamente inferior à dos SoC equivalentes da Qualcomm.
Mas isto não quer dizer que, com o investimento da Apple, nenhuma das outras duas companhias não consiga recuperar do seu atraso e chegar a algo que ameace a hegemonia da Qualcomm.