A Samsung lançou esta semana o Samsung Galaxy Z Flip4, a evolução daquele que é o smartphone foldable popular de todos, o Galaxy Z Flip3. Como se cria um sucessor para o maior sucesso de vendas do mundo no segmento foldable? O Z Flip4 responde a essa pergunta. A mais famosa família de smartphones “flip” no mercado, os Z Flip são o factor “sexy” nos smartphones dobráveis com argumentos cada vez maiores.

Melhor aproveitamento do design

Melhor, mais bonito, mais elegante, tudo isto são apreciações muito subjetivas de um design. Principalmente quando, à primeira vista, Z Flip3 e Z Flip4 têm o mesmo design e são muito difíceis de distinguir.

Mas distinção há-a de facto. O Z Flip4 tem um design mais refinado e limado nas arestas, com os contornos mais planos e uma dobradiça melhorada, mais fina, e ainda assim igualmente resistente. Com os diversos refinamentos, o Z Flip4 simplesmente maximiza o smartphone por milímetros cúbicos.

O mais recente Flip é mais pequeno em todas as dimensões globais. Dobrado, é mesmo 1.6mm mais curto do que o seu antecessor, e parecem apenas pequenas raspas aqui e ali, mas globalmente acabam por fazer alguma diferença e sente-se na mão com um terminal que cabe no bolso como poucos.

O efeito também se nota no ecrã, que tem a mesma área ativa, num smartphone mais compacto, portanto com rebordos mais pequenos.

Durabilidade

A Samsung fez um excelente trabalho no sentido de transformar os seus foldables em dispositivos fiáveis que oferecem segurança a quem ainda tem receio pela resistência destes equipamentos a danos.

Tal como o Z Flip3, o Flip4 traz consigo certificação IPX8, o que significa que resiste a salpicos sem termos de temer pela vida do smartphone.

Mas, face ao Flip3, o Flip4 é mais resistente no global, com um vidro flexível mais durável no ecrã interno, enquanto o externo é agora protegido por Gorilla Glass Victus Plus.

Desempenho global

Quando lançou o Z Flip4, a Samsung saltou uma geração de processadores, saltando do Snapdragon 888 para o Snapdragon 8+ Gen 1 sem passar pelo Snapdragon 8 Gen 1 e isto terá sido uma excelente decisão. Considerando que o Snapdragon 8 Gen 1 tem tido alguns relatos de aquecimento excessivo, e que as marcas parecem – na sua maioria – ansiosas por agarrar o 8+ logo que possível, a decisão da Samsung deu-nos o melhor processador possível para o momento.

Pensemos que este processador pontua por novos componentes que permitem um desempenho melhor que o do Snapdragon 888 a todos os níveis: dos jogos à reprodução de vídeo, passando pela qualidade de imagem.

Autonomia a sério

No binómio processador-bateria há um elemento adicional em jogo, com a entrada em cena de uma bateria maior. São 3700mAh contra 3300mAh, uma subida de capacidade de mais de 10%, permitindo aumentar algo mais a autonomia do Flip4. O carregamento de 25W e o carregamento sem fios mantêm-se a bordo.

Pensemos que uma autonomia 10% superior pelo menos é algo, mas não totalmente excitante. Convém, no entanto, pensar que o Snapdragon 8+ Gen 1 é fabricado numa litografia mais avançada e energeticamente eficiente que ajudará a esticar ainda mais a autonomia. Os smartphones foldable com processadores de alta capacidade não costumam pontuar pela autonomia ampla, mas o Z Flip3 pode mostrar-nos algo diferente.

Fotografia

À primeira vista, dizermos que o Z Flip4 melhora o Z Flip3 no segmento fotográfico pode parecer peculiar, ou talvez um palpite sem grandes evidências. Porque – obviamente – as câmaras podem parecer as mesmas no papel, e neste ponto o Z Flip4 é um smartphone conservador, com as suas câmaras de 12MP+12MP+10MP.

Claro que, na verdade, as câmaras não são as mesmas. Pelo menos não a câmara principal que, apesar de manter 12MP, é na verdade um sensor amplamente melhorado, com mais 65% de capacidade de captura de luz e pixéis maiores. São elementos que apontam desde logo para uma maior capacidade de recolha de detalhes em baixa luminosidade, para resultados ainda melhores.

Mas há ainda outro grande fator em jogo. Chama-se Snapdragon 8+ Gen 1, e traz um novo ISP, mais capaz por comparação ao presente no Snapdragon 888 do Flip3 e que deverá, por isso, contribuir para imagens mais detalhadas e mais atraentes no geral.

Não nos esqueçamos que o Flip4 introduz a Flex Cam, otimizada para redes sociais e que oferece uma experiência fotográfica mais amigável da criação de conteúdos, podendo ser usada como uma camcorder neste formato.

Deve trocar o Flip3 pelo Flip4 ou não?

Pelo menos no global, restam poucas dúvidas de que o Flip4 é o melhor smartphone, trazendo diversos refinamentos que podem nem ser totalmente aparentes à primeira vista, mas que estão lá. Do design melhor aproveitado, ao processador com capacidades globalmente melhores, há diferenças claras no Z Flip4, mas bastará isso para atualizarmos?

A Samsung sabe que o Z Flip3 é um excelente smartphone flexível neste preciso momento e, por isso, o mantém à venda em paralelo com o Z Flip4. Trocar o Flip mais velho pelo mais recente, é uma questão de encontrar um bom negócio, uma boa retoma, por exemplo. Valerá a pena.

O que o Z Flip4 será é uma excelente porta de entrada para os equipamentos foldable, oferecendo o mais completo e equilibrado terminal da família Flip de sempre. Nunca a Samsung comprometeu tão pouco em especificações para oferecer um foldable.

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