O Huawei Mate 9 é um excelente dispositivo: processador poderoso, excelentes câmaras fotográficas e uma bateria maratonista. Agora vai ficar ainda ficar mais barato, com o lançamento hoje do Huawei Mate 10 Pro que o substituirá no mercado nacional.

Como se supera um dispositivo tão carismático quanto o Huawei Mate 9? O Huawei Mate 10 Pro tem a resposta para isso e por isso vamos olhar para os dois dispositivos e comparar o que cada um traz para a mesa para perceber o tamanho da evolução que a Huawei fez num ano. Depois de hoje, o Huawei Mate 9 ainda vale a pena? Ou melhor dizendo, vale o Huawei Mate 10 Pro?

Design

A cópia será a maior forma de lisonja, e com certeza que o Huawei Mate 10 Pro será muito imitado nos tempos vindouros, com o seu design polarizante em dois tons e construção em vidro.A Huawei lança dois flagships por ano. Aqui o Huawei Mate 9.

O Huawei Mate 9 foi certamente amplamente imitado por concorrentes Chineses que recriaram o seu módulo de câmaras vertical com o posicionamento do leitor biométrico.

Há diferenças fundamentais entre o Huawei Mate 9 e o Huawei Mate 10, não simplesmente porque o segundo aborda a construção com vidro que está tão em voga.

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Se na altura tive oportunidade de destacar a construção esmerada e resistente do Huawei Mate 9, a verdade é que um ano de utilização intensa provou-me que o Mate 9 não arranha nem amolga facilmente. Não podemos nesta fase saber se o Mate 10 terá igual resistência, graças à construção em vidro, mas acrescenta pelo menos protecção IP67, o que acrescenta uma segurança acrescida contra salpicos de água acidentais.

Não tenho dúvidas, nesta fase, que o design do Huawei Mate 10 Pro é soberbo e muito mais refinado que o do Huawei Mate 9.

Trocaria o ecrã do Mate 9 pelo do Mate 10 Pro agora mesmo

Declaração forte, tendo em conta que a Huawei surpreendeu tudo e todos ao equipar o Pro com uma ecrã FHD, não 2K como no Mate 10. O que tinhas na cabeça Huawei?

Mas este ecrã tem três enormes virtudes sobre o do Mate 9:

  • É OLED, o que permite melhores contrastes e maior economia de bateria;
  • É 18:9, e isto faz toda a diferença, pois dá mais espaço para trabalhar em janela dividida, mas igualmente multimédia com o formato 18:9 a tornar-se mais do que uma moda, um padrão cinematográfico.
  • É compatível com HDR, o que significará o acesso a conteúdos visualmente evoluídos face aos ecrãs normais, principalmente para quem possuir este tipo de serviços no Netflix ou Amazon.

São três elementos que fazem deste ecrã algo único em termos de experiência de utilização e funcionalidades acrescidas face ao ecrã já bastante interessante do Huawei Mate 9.

Estas câmaras fotográficas vêem 

Em essência, as câmaras do Huawei Mate 9 e do Huawei Mate 10 parecem iguais, ambos os equipamentos dispondo de câmaras de 12MP + 20MP, esta última monocromática. No entanto, o Huawei Mate 10 Pro possui uma abertura de f/1.6 contra os f/2.2 do Huawei Mate 9, o que significará uma performance vastamente superior em baixa luminosidade.

Há uma mudança ainda mais fundamental que mudará potencialmente a fotografia móvel para sempre: as câmaras do Huawei Mate 10 Pro “vêem”. Pensemos deste modo: uma câmara capta na melhor das hipóteses vídeo 4K a 60fps, ou 60 fotogramas por segundo ou 3600 por minuto. Como o Mate 10 Pro filma vídeo 4K a 30fps, isso significa 1800 fotogramas por minuto.

Ora o Huawei Mate 10 pro inclui uma unidade de processamento neuronal que processa 2,000 imagens por minuto. Isto significa que, a partir do momento em que as câmaras são ligadas, a NPU está a analisar cada fotograma para saber em tempo real o que estamos a ver: o Mate 10 Pro reconhecerá rostos, comida e outros objectos quase instantaneamente, o que mudará por completo a facilidade com que o telemóvel analisará as cenas e adequará a exposição e os parâmetros de disparo.

Um processador mais económico, mais inteligente

Com o Huawei Mate 9, a Huawei tornou-se pioneira: colocou em primeiro lugar no mercado os novos núcleos Cortex-A73. O Kirin 960, assim munido com quatro cores Cortex-A53 e quatro Cortex-A73, tornou-se um dos mais potentes equipamentos do ano e ainda hoje me permite colocar a rodar tudo o que me apetecer, incluindo os jogos mais potentes.

Esperava-se que o Kirin 970 incluísse os novos núcleos A55 e A75, coisa que sabemos não se ter concretizado. A arquitectura base do Kirin 970 mantém-se por isso semelhante à do Kirin 960, mas com mudanças muito profundas. Desde logo, os transístores foram agora reduzidos para os 10nm, o que significará uma maior eficiência energética para a bateria de 4000mAh.

A inteligência artificial significará ainda que o Huawei Mate 10 Pro aprenderá com os hábitos e utilizações do seu utilizador, podendo melhor capitalizar os seus recursos e, como o Guilherme explicou, a abertura da NPU a programadores externos permitirá incrementar funcionalidades e opções.

Face a isto, o Huawei Mate 9 (e todos os smartphones até agora) são essencialmente estáticos que não evoluem particularmente com a passagem do tempo.

E onde fica o Huawei Mate 9?

Bom, nesta fase, e como utilizador do Huawei Mate 9 que continuarei a ser, este será ainda dos equipamentos mais potentes que podemos comprar abaixo de €500, tendo em conta a sua combinação muito importante de chip de elevada performance com uma das melhores baterias no mercado. Com a possibilidade do preço baixar graças ao Huawei Mate 10 Pro, o Huawei Mate 9 será um smartphone de elites que poderá manter-se no topo durante bastante tempo: só os melhores smartphones conseguem isso.

Será uma boa compra? Inquestionavelmente.

Mas face a tudo o que oferece, o Huawei Mate 10 Pro oferece mais e revoluciona profundamente, muito mais do que geralmente costumam fazer os smartphones de uma geração para a seguinte. Com a inclusão da NPU, o Huawei Mate 10 Pro rompe com um paradigma e abre uma nova era na arquitectura de processadores e todos os que se lhe seguirem terão que oferecer o mesmo. As marcas de maior renome vêem-se, neste final de 2017 a correr atrás da Huawei.

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