Está anunciado o Huawei P50 Pocket e, tal como já tínhamos indiciado, é um repto ao Samsung Galaxy Z Flip 3, mergulhado em estilo e luxo, que mostra como a Huawei não perdeu em nada o seu toque especial no desenho de smartphones distintos e atraentes.
O Huawei P50 Pocket desdobra-se na vertical para revelar um alongado ecrã de 6.9″ com rácio de 21:9 o que não desconfortavelmente alongado. Na verdade, acaba por não ser muito mais esticado que a maioria dos ecrãs atuais, o que lhe permite uma utilização bastante cómoda do ponto de vista da habituação e da compatibilidade com a maior parte das apps. O ecrã é obviamente um AMOLED com resolução FHD+ e apresenta 300Hz de taxa de toque, taxa de atualização de 120Hz e espaço de cor DCI-P3, sendo também acompanhado de altifalantes estéreo.
Mas por fora também há muito interesse. O P50 Pocket é rematado com uma decoração dourada, negra ou prateada que não deixa de invocar um estilo joalheiro com muito apelo para os utilizadores com uma sensibilidade estilística mais fashion. Do ondulado da versão dourada aos prismas na versão prateada, o P50 Pocket é um luxo de texturas, enquanto a versão preta é polida e empresarial. Devo dizer que a Huawei parece ter feito um excelente trabalho no mecanismo de dobra, com as duas metades a ficarem fechadas sem qualquer folga ou declive: perfeitamente paralelas e elegantes.
Aqui, o destaque vai para o ecrã circular externo que nos mostrará notificações e outras informações, além de podermos usá-la como “espelho” para as selfies. Em termos de especificações, tem 1.04 polegadas de diâmetro e resolução 304x304px.
Um segundo módulo circular apresenta uma unidade principal de 40MP, uma ultragrande angular de 13MP e um sensor “super spectrum” 32MP, entretanto o ecrã interno tem uma câmara de 10.7MP. Mas vamos deter-nos um pouco neste sensor de 32MP de super espectro. Parece não ser destinado a fotografia normal, já que a Huawei nos diz que podemos usá-lo para ver se temos o protetor solar bem aplicado ou a maquilhagem corretamente removida, e obter mesmo fotografias fluorescente, perfeitamente novidade e com aplicações muito positivas.
Um processador misterioso
Detalhe que ficou de fora do lançamento foi a nomeação do processador escolhido. Por algum motivo a Huawei não o quis revelar, talvez focando-se nas virtudes e look na sua nova peça de joalheria, e aqui temos apenas a especulação de que se tratará de uma versão 4G do Snapdragon 888, a Huawei estando impedida de aceder a tecnologia 5G Americana. Então, teremos aqui este pequeno-grande anacronismo de um smartphone perfeitamente moderno exceto pela impossibilidade de ter 5G, tecnologia que na China já está bastante difundida.
O processador – qualquer que seja – é acompanhado de 8 ou 12GB de RAM LPDDR5 e 256 ou 512GB de armazenamento interno UFS 3.1, expansível via NMCard, e terá ao seu dispor uma generosa bateria de 4000mAh com carregamento rápido de 40W suficiente para um carregamento completo numa hora.
Como esperado, temos o HarmonyOS a bordo, com AppGallery, cada vez mais uma alternativa à Google.
O Huawei P50 Pocket estará disponível por um preço inicial de 8988 Yuan, algo acima de €1245 à atual taxa de câmbio. Os planos para lançamento na Europa é que não foram realmente revelados.
