O mais conceituado dicionário digital faz 25 anos. São duas décadas e meia de muita história e marcos importantes que mostram que, mesmo num país onde a revolução digital pouco tem de revolução e mais de pequenos passos com muita resistência, havia já por então quem estivesse atento e com olhos no futuro.

Do comunicado de imprensa:

Um quarto de século passa num instante: o Priberam, que desde 1996 se tornou sinónimo de Dicionário em Portugal, acaba de cumprir o seu 25.º aniversário.

A efeméride, contabilizada a partir do seu lançamento oficial em Lisboa, num local emblemático dos primeiros tempos da Internet – o cibercafé Ciberbica, no Chiado – é ainda mais significativa porque em 1996 a Internet comercial tal como a conhecemos hoje tinha acabado de surgir e os serviços digitais então disponíveis eram escassos, muitas vezes pagos e raramente estavam em Português.

O surgimento de um serviço digital gratuito e de evidente mais-valia criado especificamente para os utilizadores portugueses era, naqueles anos finais do século XX, uma raridade preciosa.

Ao longo dos anos, o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa foi sempre evoluindo, ao ponto de se ter tornado numa referência e ser hoje – como demonstram os 261 milhões de pesquisas anuais no website dicionario.priberam.org (números de 2020) – aquele que é mais usado pelos portugueses sempre que pretendem encontrar o significado de uma palavra. Aliás, em maio do ano passado, foi mesmo líder nas consultas realizadas pelos portugueses a partir de computadores, tendo sido o único a ultrapassar a barreira do milhão de utilizadores, de acordo com o Ranking netAudience divulgado pela Marktest.

Além dos aspetos estritamente lexicais, a Priberam procurou também manter sempre o seu dicionário de língua portuguesa relevante e atento aos desenvolvimentos da Internet e da tecnologia em geral. É o caso da possibilidade de consulta através dos primeiros telemóveis (na altura não eram ainda “smart”) com tecnologia WAP, a qual permitia o acesso à Internet através de redes celulares 2G; da correção ortográfica integrada; da consulta por formas flexionadas; da pesquisa “inversa” (através dos termos que definem uma determinada palavra), etc.

Carlos Amaral recorda que “ao longo destes 25 anos, a Priberam foi adquirindo experiência lexicográfica, quer no desenho, quer na implementação e gestão de grandes bases de dados lexicais, desempenhando um papel relevante no momento em que a lexicografia portuguesa iniciava a transição para o suporte eletrónico, nomeadamente com a criação dos primeiros recursos lexicográficos digitais em português europeu (em disquete, em CD e em linha).”

Hoje, o negócio da Priberam está fortemente orientado para a investigação e criação de soluções de Inteligência Artificial e Linguagem Natural que, de alguma forma, têm as suas origens no dicionário que agora cumpre 25 anos de idade.

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