A Motorola é uma marca que recebeu muito amor por parte dos amantes de tecnologia, mas foi também muito maltratada e até desmantelada. O seu crescimento e ressurreição, após aquisição pela Lenovo, é uma história muito interessante de perseverança, reinvenção e amor à camisola. Hoje a Lenovo apresentou uma séria homenagem não só à Motorola, mas também à sua própria genética, celebrando o aniversário dos ThinkPad com o novo ThinkPhone, um smartphone a transbordar da herança destes computadores míticos desde o tempo em que se chamavam IBM.

O nome correto é ThinkPhone by Motorola, e apesar de ser um smartphone rugged, não é apenas isso. É mais, tanto mais. O ThinkPhone aposta numa integração importante com os ThinkPad da Lenovo, por um lado nas características de segurança, por outro lado no design com o exterior em fibra de carbono e no botão vermelho configurável.

Por fora, há certificação IP68 e MIL-STD 810H, por outro há uma lista enorme de features de segurança difíceis de listar de uma só vez. Por exemplo, via Moto Secure, os departamentos de TI podem aceder remotamente ao equipamento para resolver qualquer problema. A continuidade é excelente, com o ThinkPhone a conectar-se automaticamente a um ThinkPad que esteja perto e na mesma rede, para facilitar troca de ficheiros, receber notificações no portátil e mesmo usar o ThinkPhone como webcam para uma reunião, ou abrir as aplicações do telemóvel no computador.

Quanto ao hardware propriamente dito, o ThinkPhone by Motorola chega com o Snapdragon 8 Gen+ Gen 1, um chip ainda muito válido e que ajudará a manter o preço razoável. O ecrã é uma unidade de 6.6″ FHD e há ainda uma câmara de 50MP e uma de 13MP. É um smartphone para profissionais, acima de tudo e por isso estas especificações são muito razoáveis. A autonomia deve ser impecável, com uma bateria de 5000mAh com carregamento de 68W com fios ou 15W sem fios. Há um processador Moto KeySafe para oferecer segurança adicional a passwords e dados sensíveis.

Não é totalmente usual ficarmos extremamente excitados por um telemóvel que não é o suprassumo no mercado, mas em alguns aspetos o ThinkPhone até o é: a experiência empresarial que oferece é neste momento sem rival, e a estética corporativa é fenomenal, prestando uma justa homenagem ao nível de exigência de um ThinkPad. Diria mais. Diria mesmo mais: como longo saudosista BlackBerry, estará aqui mesmo o sucessor espiritual do espírito BlackBerry?

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