A Apple parece ter pensado em quase tudo para tornar o seu FaceID uma ferramenta de segurança mais segura que qualquer outra biometria actualmente no mercado. De facto, o funcionamento do FaceID é uma maravilha da tecnologia, mas em todos os seus testes a Apple não contou com um pormenor: crianças.
A Apple indica que a possibilidade de alguém conseguir desbloquear ao acaso um iPhone X é de 1 num milhão, ou então precisamos de ter um gémeo.
Mas a família Malik descobriu que o seu filho de dez anos conseguia desbloquear o iPhone da mãe sem qualquer problema. É caso para dizer: escondam o iPhone dos vossos filhos.
O problema pode, no entanto, reduzir-se a um problema de calibração. Quanto melhores as condições de configuração da imagem da nossa face, mais difícil é que o iPhone X se engane.
Uma particularidade do iPhone X funciona igualmente a seu desfavor: quando o desbloqueio do ecrã é feito via PIN, o FaceID procura recalibrar-se, assumindo que precisa melhorar o modelo facial que possui. Mas, caso alguém conheça o nosso PIN, pode forçar uma alteração sucessiva do modelo, até este aceitar dois rostos meramente parecidos. Neste caso, o FaceID perde na sua vantagem sobre a impressão digital, esta sendo gravada somente uma vez e não evoluindo com tentativas falhadas.
Portanto, caso os vossos miúdos olhem fixamente para o vosso iPhone X, desconfiem. A questão colocada certamente dúvidas quanto à capacidade dos nossos filhos acederem a um dispositivo de modo tão fácil, com potencial para a sua utilização de modo errado.
[…] No caso do iPhone X, o complexo sistema recorre a um iluminador, um sensor infravermelhos e um projector, mapeando a face em 10,000 pontos e permitindo um desbloqueio muito mais eficiente e exacta, embora não seja totalmente à prova de erro. […]