Vivemos num mundo de multimédia onde tudo é uma distração, desde imagens a anúncios publicitários, e as marcas esforçam-se por assegurar aos consumidores que têm ecrãs com melhor contraste, cores mais exatas, mais luminosidade. A Hisense foi por um caminho completamente diferente: o seu A5 tem apenas um ecrã e-ink.
O ecrã apresenta 5.83 polegadas e resolução HD+. É obviamente monocromático e a intenção da Hisense parece ser dar aos utilizadores de telemóveis um smartphone com funcionalidades completas, quanto a sistema operativo e conectividade, além do acesso a apps, mas focado nos que convivem essencialmente com texto e eBooks, não necessitando dos milhões de cores e gama dinâmica de um ecrã tradicional.
Com a resolução razoável e pouca necessidade de representar pixéis, o Hisense A5 não necessita de muito processamento e, por isso, a Hisense optou pelo Qualcomm Snapdragon 439 com 4GB de RAM e 32 ou 64GB de armazenamento interno expansível via microSD. 
Por mais resolução que a câmara tenha, qualquer fotografia aparecerá sempre de forma monocromática no ecrã, pelo que a Hisense não deu prioridade a este detalhe. Temos uma câmara de 13MP com abertura f/2.0 e à frente uma câmara de 5MP com abertura f/1.9, ou falando de outro modo, o estritamente essencial para 2019.
Finalmente, uma bateria de 4000mAh parece francamente impressionante para um equipamento de baixo consumo energético.
Para um terminal tão frugal que não inclui sequer leitor de impressões digitais, o preço ronda o equivalente a €150 para a versão com 32GB de armazenamento. A relação preço-qualidade não é particularmente boa, considerando que encontramos equipamentos mais completos por este preço. O segredo está na utilização. O Hisense A5 aposta num grupo de utilizadores que quer utilizar o smartphone sem distrações do multimédia, ou então leitores ávidos. O preço extra pode ser francamente bem justificado para estes utilizadores fora do mainstream.
