O HiSilicon Kirin 970 acaba de ser anunciado como o primeiro processador mobile com chip AI integrado, prometendo 25% mais performance com 50% de poupança energética por comparação a SoC com os mesmos núcleos, graças precisamente à inteligência artificial, mas a máquina dos rumores já começou a falar do Kirin 980 que poderá chegar no início de 2018.

Para sermos exactos, não é anormal que a Huawei já se encontre a trabalhar no sucessor do Kirin 970, porque é simplesmente assim que as coisas funcionam, mas se poderíamos esperar o típico ciclo de um ano entre novos chips, pode ser que o Kirin 980 chegue já no início de 2018.

Mais uma vez, esta assumpção não é impossível, visto que a Huawei já mostrou ser capaz de criar processadores líderes de mercado, mas ainda não logrou agarrar Qualcomm e Samsung em termos de processos de fabrico, encontrando-se o Kirin 970 a estrear para a Huawei a litografia de 10nm. Ora isto colocará o Kirin 970 no caminho do Snapdragon 845 que deverá surgir no mercado no segundo trimestre do ano, com os primeiros smartphones anunciados já em Fevereiro no Mobile World Congress. Seria por isso um colossal brilharete se a Huawei conseguisse chegar pela primeira vez ao mercado antes dos seus rivais, em termos da adopção dos mais recentes e eficazes métodos de fabrico de transístores.

Neste caso, o sucessor do Huawei P10 seria o smartphone ideal para lançar o novo processador, atirando-se com tudo ao Samsung Galaxy S9. Ora parece que o sucessor do P10 não será o P11, mas o P20.

Para todos os efeitos, o Kirin 970 tem o aspecto de um processador excepcional, mas parece ainda assim interino, surgindo com os 10nm numa fase em que os concorrentes lançam a produção dos 7nm, e incluindo ainda os núcleos Cortex-A53 e A73 que, apesar de serem potentes, já estão a ceder o lugar aos novos A55 e A75 com maiores capacidades e uma arquitectura amplamente melhorada.

Por isso, o Kirin 980 deverá adoptar estes núcleos numa configuração octa-core, litografia de 7nm, e ainda uma GPU desenvolvida domesticamente, que substituirá as tradicionais Mali.

Bom, nesta fase tudo são conjecturas, mas esta configuração para o Kirin 980 é pelo menos lógica e muito válida. Faz inclusivamente sentido que se a Huawei quer ultrapassar definitivamente a Samsung, então o passo seguinte será não andar um passo tecnológico atrás em termos de processadores. O Kirin 980 poderá então não ser um rumor, mas toda uma necessidade estratégica.

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