Ecrã OLED curvo borderless ou construção em metal e vidro, muito se tem ouvido falar do futuro iPhone, potencialmente iPhone 8. Afinal, para marcar o décimo aniversário do iPhone, a Apple deverá querer causar uma grande sensação e, para isso, parece apostada na realidade aumentada.
Ao longo dos últimos anos a Apple tem sido criticada por não evoluir significativamente o design do seu iPhone. Em sua defesa, a mesma crítica poderia ser feita a praticamente todas as marcas de smartphones de actualidade.
Em termos de características, poderá não ser tanto assim. A Apple, afinal, tem o Force Touch perfeitamente implementado numa altura em que a maioria dos seus concorrentes parece ainda não saber bem o que fazer com a opção.
Ainda assim, a Apple quer sacar de algo realmente importante e a Realidade aumentada será esse algo.
Tim Cook é um firme apoiante da realidade aumentada, vendo-a como chave para a Apple se manter na crista da onda na próxima geração de smartphones e gadgets.
A Apple está tão a sério no negócio da realidade aumentada que, entre a sua força criativa se encontram um executivo da Dolby, engenheiros da Oculus e HoloLens e peritos em efeitos especiais de Hollywood.
Uma torrente de aquisições também leva a suspeitas fundamentadas de que a Apple está na posse da tecnologia de que necessita para dar “o salto”. Estás aquisições incluem a PrimeSense de que possui uma tecnologia capaz de projectar luz quase infravermelha para criar imagens virtuais de objectos e pessoas, a Metaio, ou a Faceshift e, mais recentemente, a RealFace.
Diversos dispositivos de realidade aumentada estarão já neste momento em execução, mas poderão estar ainda a alguma distância. A Bloomberg indica, no entanto, que o próximo iPjone já poderá ter algumas funcionalidades AR, embora não tenha sido totalmente específica quanto a quais.
Estas concentrar-se-iam nas câmaras do iPhone, com capacidade para alterar a profundidade de objectos numa fotografia ou rodar rostos.
Mas para a Apple – como para muitas outras marcas – a realidade aumentada é um desafio não isento de perigos. Espera-se que o iPhone faça o trabalho bruto AR, enviando os conteúdos para quaisquer óculos, o que coloca em causa a duração da bateria do dispositivo. Há igualmente a questão do ecossistema e dos conteúdos, mas a Apple já mostrou saber como desenvolver verdadeiros sistemas de serviços interligados.
Quaisquer que sejam os planos de realidade aumentada da Apple, poderão chegar já em 2018, o mais tardar, mas as novidades poderão aparecer em 2017. Estaremos atentos.