A MediaTek está a passar por uma fase de reestruturação que vê a tecnológica de Taiwan mudar de estratégia e tentar deixar para trás uma certa fama de ligação a chips de menor performance e menos avançados que os da sua rival Qualcomm. Como parte desta estratégia, a MediaTek pretende agora apostar forte no que serão duas das grandes tecnologias a chegarem aos processadores móveis em 2018: a inteligência artificial e o reconhecimento facial.
Este foco chegará ao mercado através de dois novos processadores Helio P, a gama média na qual a MediaTek decidiu concentrar-se depois da sua aventura na gama alta não ter corrido bem com o falhanço a todos os níveis do Helio X30, que falhou em igualar o Snapdragon 835 em performance ou popularidade.
Os futuros Helio P estarão assim vocacionados na visão computacional e reconhecimento facial, características que importam cada vez mais, não apenas para melhorar a fotografia das câmaras, mas para autenticação no dispositivo e outras funcionalidades avançadas de reconhecimento de imagens para procura de produtos, etc. Segundo Kuan Chou Chen, director da MediaTek, estes chips também apostarão no edge computing, uma evolução da computação na cloud que depende mais de centros de dados proximais a uma sociedade de dispositivos conectados e menos dos grandes centros de processamento concentrados na nuvem.
De momento não sabemos muito sobre o que serão as restantes capacidades e arquitectura geral dos futuros Helio P. Anteriores rumores ainda por confirmar indicavam que o Helio P40 apostaria em arquitectura hexa-core, com dois núcleos Cortex-A73 no cluster superior.
O mais potente Helio P no mercado é o Helio P30, mas também aqui a MediaTek teve ainda pouco sucesso na sua chegada ao mercado. Um sucesso de mercado é realmente necessário se a MediaTek quiser continuar na mó de cima, e todos os utilizadores teriam a ganhar com concorrência à Qualcomm.
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