Ninguém pode dizer que as marcas Chinesas não primam pela inovação. O caldeirão tecnológico Chinês ainda não ultrapassou o derivativo em termos de design, imitando frequentemente as emanações da Apple, mas do ponto de vista técnico as coisas são bem diferentes. O caso de hoje leva-nos até à Meizu, que parece ter patenteado um leitor biométrico fora do normal, já que faz uso dos rebordos do ecrã.
Estranho, certo?
Os ecrãs bezel-less têm sido uma moda, e o iPhone X foi longe ao ponto de maximizar a área de ecrã activo, sacrificando a simetria com o agora universal notch. Os rebordos têm, no entanto, um propósito, e conferem maior resistência aos ecrãs, além de serem fundamentais para as conexões do ecrã ao smartphone. Por isso vemos diversos smartphones com um lábio inferior mais espesso, como o Huawei P20 ou o Asus ZenFone 5, e mesmo o Samsung Galaxy S9 tem rebordos algo mais profundos que o seu antecessor.
Portanto, parece que a Meizu pensa que os rebordos não vão a lado nenhum para os próximos anos, e decidiu dar-lhes uma nova função: leitor biométrico.
Os leitores actuais podem ser capacitativos ou ultrassónicos, mesmo atrás do vidro do ecrã e os leitores biométricos sob o ecrã foram lançados pela Vivo. O novo Huawei Porsche Design Mate RS utiliza inclusivamente um leitor sob o ecrã e um tradicional, capacitativo, no painel traseiro.
Claro que o leitor biométrico sob o ecrã tem uma certa inconveniência, no sentido em que é localizado. A Meizu decidiu então oferecer aos utilizadores um sistema que funciona em qualquer ponto do ecrã, já que são colocados sensores ultrassónicos nos rebordos a toda a volta, podendo assim detectar uma impressão digital, não importa onde esta seja colocada.
Esperavam ver os bezels a desaparecer de uma vez por todas? Parece que não terão essa sorte.