A possibilidade de trabalharmos em ecrã dividido foi uma das grandes novidades do Android Nougat, embora o recurso já estivesse presente nas interfaces de algumas marcas. Representou ainda assim um grande avanço, ao permitir aos utilizadores colocar duas apps em simultâneo no mesmo ecrã para agilizar o seu trabalho e experiência de utilizador. Não é, no entanto, uma solução perfeita, e o seu maior inconveniente poderá ser resolvido quando chegar o Android Q em 2019.
Falamos da impossibilidade de manter duas apps activas no mesmo ecrã. Mesmo que as apps aceitem o modo multijanela – e nem todas o fazem – uma e só uma será a janela activa, enquanto a outra estará em pausa. Muitas vezes, este problema não se nota, mas noutros casos já tem algum impacto. Pensemos no caso simples do BlackBerry Key2, um dispositivo que tira grande partido do seu teclado físico para trabalhar em ecrã dividido sem sobressaltos, mas apesar disto, caso queiramos ter um vídeo a tocar enquanto escrevemos algo, teremos um problema já que serviços como o YouTube irão simplesmente silenciar-se, o que não é de todo ideal.
O mesmo é dizer de todas as apps, que passam automaticamente a pausadas quando passamos para a app onde queremos tomar alguma acção no momento, o que corta uma boa parte da utilidade de trabalharmos em ecrã dividido. Isso mudará em breve, e a culpa é dos ecrãs flexíveis.
O Multi-Resume
Como vimos aquando da oficialização do ecrã Samsung Infinity Flex, as apps poderão passar sem qualquer problema de um ecrã para o outro. A funcionalidade chegará entretanto ao Android Q via a funcionalidade Multi-Resume, que manterá todas as apps no ecrã no estado activo.
Isto significa que deixamos de ter notificações paradas, dados perdidos ou conteúdos em pausa. Entretanto, as OEM podem já testar a funcionalidade em dispositivos com Android Pie.
A primeira OEM com esta funcionalidade, se bem que de modo autónomo, é a Samsung, que o implementou na aplicação Good Lock.