Será anticlimático que a HMD tenha oficializado hoje o Nokia 2.3 em vez do Nokia 8.2? Um pouco, mas não muito, porque nem toda a gente quer ou pode pagar mais de €100 por um telemóvel e o Nokia 2.3 chega mesmo para oferecer a esses milhões de indivíduos uma oferta que tem um bom look e especificações muito razoáveis.
Visto de frente, o Nokia 2.3 não deixa de invocar as linhas de smartphones que há pouco tempo atrás seriam bem mais caros, com um notch em V e um lábio inferior aceitável onde se encontra a inscrição Nokia. No geral, o design parece bem conseguido, com uma cobertura em polímero texturizado que parece muito atraente, mas uma moldura em metal com muito estilo. Muito bom aspeto, Euro a Euro.
Temos mesmo duas câmaras traseiras, raro neste preço, sendo uma de 13MP f/2.2 coadjuvada por uma câmara de 2MP para dados de profundidade. A câmara selfie, entretanto, oferece 5MP.
E que mais podemos ter por cerca de €100? A HMD escolheu o Quad-Core MediaTek Helio A22, um chip simpático em litografia de 12nm que se revela bem superior em eficiência ao Snapdragon 425 que ainda se encontra nestes preços. 2GB de RAM e 32GB de armazenamento expansível por microSD até 512GB. Um ecrã de 6.2 polegadas com resolução HD+ parece bastante generoso, mas não tanto quanto a bateria de 4000mAh que deve dar para tudo o que lhe atirarmos à cara. Mas cuidado: o carregamento de 5V 1A diz-nos que carregar esta bateria será trabalho para mais de duas horas.
Finalmente, a cereja no topo do bolo é que o Nokia 2.3 vem com o usual suporte da Nokia para atualizações futuras. Embora chegue com Android 9, a promessa está feita de que o Nokia 2.3 está pronto para o Android 10 e garante 3 anos de atualizações de segurança. Nada mau num segmento de preço onde a regra é vender e esquecer.