Foi há aproximadamente 10 dias que o Nokia 7.2 chegou a Portugal, e é agora seguido pelo seu irmão mais contido, o Nokia 6.2. Os dois novos Nokia foram apresentados na IFA de Berlim onde recolheram diversos prémios e são uma aposta arrojada no mundo mobile moderno que se foca muito em gimmicks e processador, esquecendo-se por vezes de outros detalhes.
Não se foquem apenas nos processadores. A resolução das câmaras e a potência do processador parecem ser a corrida da atualidade, mas a HMD Global está numa corrida diferente. A sua maior aposta é no serviço ao cliente e no pós-venda, com atualizações regulares e garantidas para novos sistemas operativos, algo que outras marcas não irão oferecer aos que prezam a durabilidade dos seus investimentos.
Mas, a grande aposta do Nokia 6.2 é o HDR always on, uma estreia neste segmento. Talvez muitos utilizadores nem entendam bem o que é isto. É novo, é interessante: é utilizar um processador de imagem Pixelworks que pega nos conteúdos de vídeo SDR e faz o upscalling para HDR. Por outras palavras, deixa de ser necessário termos um conteúdo originalmente em HDR para tirarmos o máximo partido do ecrã.
Apesar de ser um LCD, o ecrã do Nokia 6.2 pode exibir até mil milhões de tons de cor com maior contraste do que o vídeo de origem, e está programado para aumentar o contraste e ajustar tonalidades para se adequar às condições de luminosidade externas ao dispositivo, garantindo maior legibilidade em qualquer situação. O ecrã propriamente dito, tem 6.3 polegadas de diagonal e resolução FHD+ 1080 x 2280 com rácio de aspeto de 19:9. Parece perfeitamente normal, mas é dos poucos equipamentos abaixo dos €300 com ecrã HDR10.
No departamento das câmaras, o Nokia 6.2 segue as tendências atuais e apresenta três câmaras principais, melhoradas com inteligência artificial. Além da standard câmara para recolha de informações de profundidade, de 5MP, contamos com uma câmara principal de 16MP e uma ultragrande angular de 8MP. À frente, o ecrã possui um notch em gota de água com uma câmara de 8MP.
Para o processamento, a Nokia escolheu o Snapdragon 636, um processador que já leva dois anos em cima, mas a verdade é que ainda mantém uma performance muito respeitável. Digo-o com experiência. A HMD extrai deste Snapdragon todo o seu potencial, com Bluetooth 5.0, A2DP, EDR, LE, e não deixou de fora a tecnologia NFC, mas talvez acima de tudo este é um chip extremamente económico do ponto de vista energético e poderá oferecer boa autonomia com a bateria de 3500mAh.
Se por fora o look do Nokia 6.2 é extremamente contemporâneo, com as suas câmaras num módulo circular, por dentro, o Android Pie garante uma experiência de utilização fluída, graças à interface limpa e parte do projeto Android One. É esta parceria entre a Google e a HMD que fará com que o Nokia 6.2 seja dos primeiros smartphones a receber o Android 10 no futuro muito próximo. Os utilizadores do Nokia 6.2 recebem adesão experimental por um período de 3 meses ao Google One, sem nenhum custo extra. Com a associação ao Google One, ficará descansado porque as suas fotos, vídeos, mensagens e muito mais são copiadas em segurança e automaticamente na Cloud. Com o Nokia 6.2, os membros do Google One obterão 100 GB de armazenamento em cloud no Google Drive, Gmail e Google Fotos e terão acesso a suporte premium da experiência Google – tudo num plano familiar partilhável.
O Nokia 6.2 já está disponível em Portugal na versão de 4/64GB de armazenamento em Preto e com um PVP recomendado de 299,99€.