Após muita hype e fugas de informação, além de anúncios oficiais com algum detalhe, Carl Pei oficializou finalmente o Nothing phone (1) em todo o seu esplendor e soluções únicas que o tornam um smartphone que não se limita a padrões estéticos modernos. A cereja no topo do bolo é mesmo que Portugal fará parte dos países onde este smartphone inconfundível poderá ser adquirido.

Se olhássemos em bruto para o Nothing phone (1), os seus traços e silhuetas não pareceriam muito diferentes de um telemóvel normal, mas não estaríamos a ser totalmente justos. O Nothing phone (1) quer ser um smartphone que nada esconde e, por isso, tem este painel traseiro transparente, único num mundo de acabamentos luxuosos, onde se dispõem os múltiplos LED da interface glifo.

Futurista, saído de um esboço de ficção científica talvez, este painel ilumina-se com os diversos LED dispostos em torno de áreas funcionais, como a câmara ou a bobine do carregamento wireless, e ligam-se em inúmeras configurações possíveis, desde indicar o progresso do carregamento, a pulsarem em diferentes padrões conforme os toques que temos configurados para cada contacto.

Embora seja discutível se este look se tornará um gimmick fácil de esquecer ou não, pelo menos esforça-se muito mais do que é normal para ser inesquecível e com sucesso (mesmo que o “gosto” seja uma questão pessoal. Viva a diferença, digo eu!

Para lá da interface dos glifos, o Nothing phone (1) é um smartphone focado em oferecer uma experiência fluída e equilibrada, combinando o Snapdragon 778G+ com algumas características muito interessantes.

O ecrã é, assim, um painel OLED de 6.55″ com resolução FHD+, e apresenta um brilho máximo de 1200 nits, além de 120Hz de taxa de atualização e 240Hz de taxa de amostragem de toque. O ecrã inclui uma câmara de 16MP e o sensor de impressões digitais, parecendo prometer qualidade, mesmo que não lhe conheçamos as especificações até à exaustão. Mas, como vemos na imagem abaixo, é pelo menos extremamente agradável ver que os rebordos são iguais a toda a volta, algo que apenas uma marca nos habituou nos últimos anos.

Já que de câmaras falamos, a câmara principal é uma unidade Sony IMX766 de 50MP, coadjuvada por uma câmara ultragrande angular de 50MP com sensor Sony JN1. É bom ver que a Nothing não cedeu aos números crescentes de câmaras fotográficas nos smartphones, e optou por apenas duas mas sólidas câmaras.

Finalmente, o Nothing phone (1) responde a uma necessidade que muitos sentiam e onde se viam sem grandes alternativas no mercado: um smartphone abaixo dos €500 com carregamento wireless. Com um preço indicativo de €499, o Nothing phone (1) corresponde à risca a esse anseio, oferecendo carregamento de 15W sem fios, a complementar um carregamento de 33W com fios para a sua bateria de 4500mAh. Os fãs da comodidade dos carregamentos wireless certamente apreciarão esta inclusão, em vez de um carregamento com fios mais potente.

Portanto, Carl Pei promete igualmente uma experiência limpa, com aplicações da Google e sem bloatware, ainda que a Nothing tenha conseguido enfiar no telemóvel bom-bons como a possibilidade dos donos de Teslas ligarem as luzes do carro através do telemóvel. Por outro lado, o Nothing phone (1) não é apenas único do ponto de vista estilístico, mas é também um smartphone verde, com forte aposta nos materiais reciclados.

Por este preço, pelo menos para a versão de 8/128GB, o Nothing phone (1) atira para a gama média dos €500 um equipamento muito mais singular do que aquilo a que estamos habituados, e não duvido que venderá como bolinhos quentes. Merecidamente.

O Nothing Phone (1) poderá ser adquirido a partir de 21 de Julho na PCDiga, Fnac e Worten.

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