O Snapdragon 710 é um dos processadores mais amados no mundo mobile, e um que ajudou a criar uma ponte entre a gama média e os smartphones de gama alta com Snapdragon da série 8, oferecendo aos utilizadores excelente performance e funcionalidades a uma fracção do preço. Ainda muito capaz em 2019, o Snapdragon 710 acaba de receber um sucessor que acrescenta poucas novidades.

No seu cerne, o Snapdragon 712 é quase completamente um Snapdragon 710. A bordo encontramos os mesmos 8 Kryo 360, se bem que algo mais rápidos a 2.3GHz face aos 2.2GHz do Snapdragon 710, com os mesmos processadores de sinal, de imagem, modem e GPU. Não admira, por isso, que a Qualcomm esteja a anunciar apenas 10% de melhoria na performance, numa era de aumentos de 20 ou 30% a cada geração.

O foco da Qualcomm foi outro, e temos agora Quick Charge 4+, tecnologia TrueWireless Stereo para utilização com auscultadores bluetooth do tipo “pods” e a Qualcomm Broadcast Audio Technology.

No fim de contas, o Snapdragon 712 parece ser uma actualização muito menor do 710, com o objectivo de tornar ainda mais atraente esta família de chips. Se o 710 é bem amado, a verdade é que se contam pelos dedos de uma mão o número de dispositivos disponíveis com o chip. A adopção foi lenta e rara, e não ajudou que marcas como a OnePlus ou mesmo a Xiaomi colocassem equipamentos de Snapdragon 845 nas gamas de preço onde o Snapdragon 710 deveria recair. Outras marcas – caso da LG – optaram simplesmente por chips de geração anterior, como o Snapdragon 835.

Mas, dado a escolher, prefiro o Snapdragon 710 num smartphone de €400-500, se isso garantir que a poupança nos custos é canalizada para outras funcionalidades.

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