No seu APEX, a Vivo quer colocar algumas coisas que poderemos pensar que só existem na imaginação e na ficção-científica. E em boa medida isso é verdade: o Vivo APEX 2020 ainda é só um smartphone conceptual que dificilmente chegará a ser produzido em série. Uma pena, pois tem alguns pontos incrivelmente inovado ares!

Talvez o menos relevante seja o facto do seu ecrã de 6.45 polegadas incluir uma câmara de 16MP atrás do próprio ecrã. Do ponto de vista técnico, estas câmaras apresentam desafios, mas não é a primeira vez que vemos uma tal câmara em funcionamento.

O melhor está mesmo atrás! Aí encontramos uma câmara de 48MP estabilizada por um sistema análogo a uma estabilização cardan, que a Vivo nos diz que aumenta em 200% o ângulo de estabilização, por comparação aos métodos tradicionais de estabilização.

Fica ainda melhor: a Vivo apresenta com a segunda câmara de 16MP a primeira câmara num smartphone capaz de zoom contínuo. Trata-se de uma unidade periscópica que recorre a dois grupos fixos e dois móveis para autorizar verdadeiro zoom ótico entre 5 e 7.5x. Ou seja, é a primeira vez que vemos num smartphone algo equivalente a uma verdadeira objetiva zoom tradicional!

E que tal este ecrã?

Um detalhe importante dos APEX é a ausência de gavetas ou teclas físicas, para tudo o que isso tem de bom ou de mau. O ecrã é uma peça central desta opção, tratando-se de um painel curvo nas laterais que abraça o perfil do APEX, obrigando o painel de alumínio traseiro a “segurar” o ecrã apenas no topo e na base.

É tão extraordinário, quanto fantástico para partir e causar uma reparação milionária.

Um sprinter com estamina?

Sabemos que, quanto mais rápido o carregamento, menos capacidade pode a bateria ter e o Vivo APEX 2020 levou isto talvez longe demais. Eu poderia ficar aqui a babar-me pelo carregamento de wireless de 60W, o mais rápido a bordo de qualquer smartphone (existente), capaz de carregar uma bateria de 2000mAh em 20 minutos.

Reparem que, como o APEX não possui conexões físicas, o Wireless SuperCharge é a única maneira de carregar a bateria, e é peculiar que a Vivo não nos tenha dito qual a capacidade desta. Não deverá ser muito superior aos 2000mAh de exemplo, a não ser que a Vivo tenha usado algum linguajar Star Trek para conceber uma bateria capaz de carregar de forma wireless a este nível.

Como não temos conexões físicas, também não teremos um altifalante tradicional, mas emissão de som via ecrã, algo com que toda a gente está perfeitamente satisfeita, certo?

Portanto, o Vivo APEX 2020 é um excelente exercício de possibilidades técnicas. Mas chegará a ser um smartphone verdadeiro?

 

 

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