Depois de diversos rumores e pequenas fugas de informação, a Xiaomi anunciou finalmente os seus primeiros smartphones em parceria com a Meitu que adquiriram há pouco mais de meio ano: focados nas selfies com câmaras frontais de 32MP, os Xiaomi Mi CC9 e Mi CC9e são dispositivos interessantes muito para lá das câmaras frontais.

Desenhados pela equipa Chic & Cool, os dois novos Xiaomi são bem desenhados, trendy e a Xiaomi não tem receio de os vocacionar para vloggers, onde as suas câmaras de elevada resolução serão uma vantagem. Isto é particularmente verdade na edição Meitu que para já estará restrita à China e que inclui modo de retrato em vídeo e um modo vlog com estabilização de vídeo. O smartphone inclui igualmente uma ferramenta que substitui o céu numa fotografia por uma predefinição. Interessante? Depende do gosto de cada um.

Mas, pessoalmente, confesso que não podemos ficar a pensar apenas neste dado. Do ponto de vista do hardware, o Xiaomi Mi CC9 mobiliza um Snapdragon 710 com 6 ou 8GB de RAM e até 128GB de armazenamento interno. O Snapdragon 710 já leva um ano em cima e não será a opção de topo do momento, mas é extremamente capaz num segmento de preço que ficará abaixo dos €300 de certeza.

Entretanto, o ecrã de 6.39 polegadas oferece resolução 1080 x 2340, com um pequeno notch no topo para alojar a câmara de 32MP. Trata-se aqui de uma unidade Super AMOLED que inclui um leitor biométrico no próprio ecrã.

No departamento das câmaras, o Xiaomi Mi CC9 não deixa todos os ovos na câmara frontal, e oferece ademais uma câmara principal de 48MP, uma ultragrande angular de 8MP e uma câmara de 2MP para profundidade de campo.

A culminar estas especificações, a Xiaomi inclui uma generosa bateria de 4,030mAh com carregamento rápido de 18W. Este Xiaomi vai dar trabalho à bateria com a aposta no audiovisual e a Xiaomi sabe-o.

É extremamente saudável poder dizer nesta fase que a Xiaomi não poupou nas especificações do dispositivo e acaba por colmatar algumas das deficiências da sua gama neste segmento de preço, ao incluir tanto o jack de áudio, quanto tecnologia NFC, quanto o emissor infravermelho! Tudo isto é rematado num corpo de metal e vidro onde a Xiaomi apostou numa textura ondulada que quer brincar com os reflexos da luz, tornando-os mais interessantes.

E o Xiaomi Mi CC9e?

O irmão mais pequeno do CC9, o CC9e, foi também anunciado hoje e é extremamente interessante pelo exercício de contenção de recursos que a Xiaomi fez aqui. O “e” significa Essential, ou versão essencial, prometendo reter os melhores detalhes do CC9.

O Snapdragon 710 é trocado por um Snapdragon 665 sobre os quais não há queixas. Ao mesmo tempo, o ecrã é somente de resolução HD, uma opção de economia e peculiar, que garantirá pelo menos uma performance folgada. O ecrã continua a ser AMOLED a a incluir um leitor biométrico, baixando as dimensões para ainda respeitáveis 6.088 polegadas.

As opções de memória também atingem aqui os 6GB de RAM e até 128GB de armazenamento interno e a bateria mantém-se nos 4,030mAh com carregamento rápido que, aliada ao processador e ecrã de baixa resolução, transforma este equipamento num de eleição para quem quer autonomia acima de tudo.

As câmaras, entretanto, são comuns a ambos os dispositivos, pelo que quem tiver um foco principal nas fotografias ficará igualmente bem servido.

Tanto o Xiaomi Mi CC9, quanto o Xiaomi Mi CC9e estarão disponíveis a nível internacional por preços ainda a confirmar. Neste momento é altamente provável que ambos os dispositivos venham a ser vendidos por cá como Xiaomi Mi A3 e Xiaomi Mi A3 Lite. Nessas encarnações, os dois smartphones trocarão a MIUI baseada no Android Pie por uma versão limpa do programa Android One, para deleite de muitos utilizadores, enquanto outros preferirão a versão com a interface da Xiaomi. Haverá escolha para todos.

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