Sharp, o antigo conglomerado electrónico Japonês que agora passou para as mãos da Foxconn. Todos conhecemos a Sharp e, de certo modo, sentimos a sua falta, já que o seu passado está repleto de bons telemóveis e smartphones. Pois a Sharp, a original inventora dos smartphones bezel-less, quer dar um passo mais longe e planeia lançar em 2018 um smartphone com o maior rácio de ecrã jamais visto.

Podemos agradecer à Sharp pela actual tendência de smartphones bezel-less, com o distante Sharp Aquos que em 2014 lançou uma forma de desenho que viria a ser popularizada pelo Xiaomi Mi Mix em 2016. A Sharp, no entanto, não goza de um apelo popular nas massas e é quase uma reclusa no mundo dos smartphones, restringindo-se ao seu mercado doméstico até este ano, quando ensaiou uma saída para a China.

Que não correu bem. Quem o admite é o CEO Luo Zhongsheng em entrevista ao ITHOME. Num raro exercício de candura, tão atípico num responsável por uma empresa, Zhongsheng confirma que o recente (e muito interessante) Sharp Aquos S2, com o seu entalhe ao estilo do Essential Phone PH-1 terá sido um fraco sucesso de vendas, com 10,000 unidades vendidas. É um valor profundamente residual num mercado onde os números se fazem de largos milhões.

Atribuindo as vendas fracas à baixa fama da Sharp, a opção foi oferecer uma gama de produtos mais extensa, mais forte, em 2018, ano em que a marca planeia regressar à Europa, após diversos anos de ausência. Ora é precisamente aqui que surgem os equipamentos bezel-less, ou FullView, como lhes queiram chamar: a Sharp planeia utilizar este tipo de ecrã 18:9 em todos os seus dispositivos. Em particular, na gama mais alta, Zhongsheng declara que a Sharp colocará no mercado um smartphone com um rácio de ecrã superior ao de qualquer outro smartphone.

Falar é fácil

Para a Sharp, falar é fácil. O problema será que este tipo de recordes dura pouco e será pouco provável que a Sharp consiga reinar durante muito tempo. Sou algo céptico nestas questões e depois do entalhe do iPhone X pergunto-me como será calculado este rácio de ecrã.

Mas dou o benefício da dúvida à Sharp. A história da marca assim o merece.

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