A Spreadtrum, que pareceu nunca querer dar nomes de marketing aos seus processadores, chama-se agora Unisoc, e o Tiger T310 é – que me lembre – o primeiro chip da sua nova era. E não é qualquer um, já que apesar de se vocacionar para o segmento baixo, o T310 tem aspirações de gama alta, mobilizando núcleos Cortex-A75, inéditos no segmento baixo.
O Unisoc Tiger T310 é um quad-core, sendo o número de núcleos típico dos smartphones abaixo dos €150, mas onde o Tiger se destaca é que mobiliza 3 Cortex-A55, como será normal neste segmento, mas também um potente Cortex-A75, núcleo típico dos chips de gama alta, como o Snapdragon 845. Face aos quad-cores típicos da gama de entrada, então, o Unisoc Tiger T310 tem um coice extra para performance que em alguns pontos poderá mesmo aproximar-se à de um octa-core na mesma gama de preço.
Este será também o primeiro quad-core 4G/LTE no mercado, e o primeiro chip de gama baixa com tecnologia DynamIQ, patente no arranjo assimétrico dos quatro núcleos. As vantagens do chip são maior potência, mas com menos consumo energético, melhorando em 20% a performance energética de octa-core comparáveis, ou melhorando em 15% a performance energética dos quad-core actualmente no mercado.
O chip suporta até câmaras triplas, com bokeh e modo noite, reconhecimento de cenas e reconhecimento facial.
Finalmente, o processador será fabricado em litografia de 12nm, afirmando-se como o mais avançado quad-core do momento, e trazendo para a gama baixa características muito apetitosas. A Unisoc não é um dos grandes players, mas seria interessante vermos o que este chip poderia fazer em smartphones baratos.