Os leitores biométricos são essenciais, falemos de leitores oculares ou os mais viáveis leitores de impressões digitais. Mas onde os colocar? Bem, a resposta óbvia é na própria tela do ecrã, logo abaixo do vidro, e a Vivo e a Qualcomm acabam de tomar a dianteira nesta tecnologia.
O próximo iPhone poderá ter um sensor deste género, o Samsung Galaxy Note 8 parece estar longe de o conseguir e, mais uma vez, cabe à China mostrar o caminho tecnológico.
Com os ecrãs bezel-less ou de rebordos finos, os consumidores querem cada vez mais ecrã por área de smartphone, o que deixa pouco espaço para sensores extras na parte frontal do equipamento. Na face traseira, no entanto, mais peças e complexidade são adicionadas a todo o processo. Concorrentes da Vivo, como Xiaomi e Huawei já introduziram leitores ultrassónicos sob o vidro dos ecrãs, mas na própria porção activa da tela LED é um passo bem mais complexa.
A solução de sensores que a Qualcomm apresentou no Mobile World Congress em Xangai funciona normalmente sob vidro ou metal, mas é preciso dizer que são sensores diferentes, conforme a aplicação.
No caso do sensor Under Display, o sensor pode ser integrado em telas OLED com espessura de até 1200 micrómetros de espessura, mas aparentemente não será compatível com painéis LCD, já que estes requerem camadas extras de componentes.
Estes sensores funcionam por uma tecnologia semelhante ao sonar, disparando um pulso ultrassónico em direcção ao dedo e reconstruindo a impressão digital com os sinais que se reflectem de volta para o sensor. Com esta tecnologia é possível a leitura da impressão digital mesmo com chuva ou pó.
E à Vivo coube a tarefa de fazer o que Samsung poderá não conseguir fazer já em 2017: integrar este sensor num smartphone bezel-less.
Os novos sensores deverão começar a chegar ao mercado ainda este ano, mas é peculiar que a Qualcomm tenha anunciado que os Snapdragon 660 e 630 já suportam estes novos sensores, sem mencionar o Snapdragon 835. Este poderá ser um dos motivos para o 836 que já muitos esperam.
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