Lembram-se da família Xiaomi CC? No movimento rápido da tecnologia, ninguém nos leva a mal se não nos lembrarmos do último smartphone a levar o nome CC, o CC9 Pro de 2019, que apostava por então numa raríssima câmara de 108MP e culminava a aventura que viu primeiro uma parceria entre a Xiaomi e a Meitu, e depois a aquisição desta última pela primeira. Dois anos volvidos desde o último smartphone claramente nascido desta epopeia, a Xiaomi apresenta então agora o sucessor genético do CC9 Pro. O Xiaomi Civi aposta forte no estilo, tem um lado feminino pronunciado e mobiliza ferramentas importantes de embelezamento, ao mesmo tempo que é substancialmente mais equilibrado que o seu antecessor.

O Xiaomi Civi é etéreo, sensível, com tons pastel que apelam a uma certa sensibilidade, num mundo onde os smartphones são – na esmagadora maioria dos casos – sexualmente anódinos. O próprio Civi é um suceder de acabamentos elegantes numa volumetria slim que não chega a ter 7mm de espessura (6.98mm), com acabamentos que incluem um glitter iridiscente e um rosa com uma textura suave no painel traseiro. Mas, apesar deste lado feminino, talvez eu esteja errado (a Xiaomi diz que este é um smartphone para o jovem confiante) e não haverá vergonha em adquirirem um se forem homens, tão somente baseados no respeito pelas suas especificações muito equilibradas.

Ao contrário do Xiaomi Mi CC9 Pro, o Civi é mais mundano em termos de fotografia e, talvez por isso mesmo, possa agradar a um público mais generalista e polarizar menos. O seu setup fotográfico é todo um pilar da gama média de 2021: uma câmara principal de 64MP, acompanhada de uma ultragrande angular de 8MP e um sensor macro de 2MP.

É na câmara frontal que quererão estar concentrados. A Xiaomi dotou o Xiaomi Civi de uma câmara selfie muito aliciante para o público jovem: são 32MP com autofoco. Ou, por outras palavras a câmara frontal de maior resolução num Xiaomi, apetrechada com todo o know-how da marca em tecnologia de melhoramento fotográfico e embelezamento.

Estas imagens poderão ser vistas em todo o seu esplendor num ecrã AMOLED onde a Xiaomi não fez concessões. Para já, é um ecrã curvo, com 6.55″ e resolução FHD que se destaca por ter o lábio inferior mais pequeno de qualquer Xiaomi: são apenas 2.55mm. O ecrã conta com 120Hz de taxa de atualização e 240Hz de taxa de amostragem de toques, tendo-lhe acrescentado a Xiaomi o Dolby Vision e altifalantes estéreo com Dolby Atmos e certificação para áudio Hi-Res. Se no melhor pano cai a nódoa é na ausência de jack de áudio, uma moda que pensava já ter deixado as mentes das marcas.

Finalmente, que tal falarmos no processador? O octa-core Snapdragon 778G está a bordo para garantir uma performance muito interessante, além de conectividade 5G alargada e Wi-Fi 6E e um sistema de refrigeração com 9 camadas de grafeno manterá a performance no seu melhor. Com 8 ou 12GB de RAM e 128 ou 256GB de armazenamento interno, o Xiaomi Civi também é bastante generoso neste capítulo. Finalmente, uma bateria de 4500mAh tem ao seu dispor carregamento de 55W para uma carga completa em 45 minutos.

O lançamento do Xiaomi Civi noutros mercados não está ainda confirmado, iniciando-se o seu preço na China perto dos €345 para a versão com 8GB de RAM e 128GB de armazenamento interno.

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