Os estoques da Xiaomi são notáveis por não serem muito numerosos e muitos utilizadores se queixam que por vezes diversos modelos ficam indisponíveis. Esta escassez deve-se ao modelo de negócio da Xiaomi que pontua por baixa margem de lucro e, como tal, a marca opta por produção baixa para não ficar com equipamentos na mão. Mas o outro lado da m

5%. Este é o número mágico. A Xiaomi espera ter uma margem de lucro de 5% nos seus dispositivos mais importantes, nomeadamente smartphones, televisões e equipamentos para casas inteligentes. Uma empresa normal espera sempre exceder estes valores, mas a Xiaomi anunciou que, no caso dos seus lucros excederem os 5%, estes serão distribuídos pelos consumidores.

 

Quero o meu dinheiro de volta!

Não é uma frase que qualquer marca ou vendedor queira ouvir, em qualquer tipo de mercado ou produto. Mas a promessa de Lei Jun é mesmo essa: de algum modo, a Xiaomi encontrará uma maneira de distribuir os seus lucros pelos seus utilizadores.

A metodologia não foi definida, mas pode ser feita via vouchers ou cashback, ou simplesmente em rebates nos preços dos seus equipamentos que já são incrivelmente competitivos.

Contudo, subjacente a esta promessa está a dura realidade de que será muito difícil para a Xiaomi exceder grandemente esta margem de lucro. É a Apple quem neste momento coloca a fasquia nos lucros dos smartphones, ficando com cerca de 90% dos lucros a nível mundial, e deixando para as dezenas de outras marcas os 10% restantes.

Ainda assim, margem de lucro não equivale a volume de lucros, claro, por isso tudo é possível. E a diferença entre a Xiaomi e a Apple é mesmo que esta última sempre foi conhecida por maximizar os lucros por cada equipamento vendido, cobrando um valor premium que só se justifica pela imagem da marca e pela dedicação dos seus seguidores.

 

Um portefólio em expansão

Desde sempre que a Xiaomi primou por uma excepcional relação qualidade-preço, oferecendo alguns dos melhores equipamentos Android a preços bastante modestos, graças a margens de lucro mínimas ou inexistentes. Com o seu nome a tornar-se sinónimo de qualidade, e com a empresa em franca expansão mundial e prestes a ser cotada em bolsa, nada indica que essa postura vá mudar, dando aos equipamentos Xiaomi uma grande capacidade democratizante na tecnologia.

Exemplo disto foi o lançamento hoje do Xiaomi Mi 6X, que amplia enormemente as capacidades do seu antecessor, mantendo um preço que pouco excede a metade do valor pedido por equipamentos com características semelhantes.

Até ao final do ano a Xiaomi lançará pelo menos 7 novos equipamentos em diferentes gamas de preço, incluindo na gama de entrada e, com a sua entrada em Portugal, é inegável que o seu potencial para moldar o mercado é enorme.

Xiaomi Mi 6X com Snapdragon 660 já é oficial

1 COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui