Xiaomi Mi Mix 2: porque é tão melhor que o Xiaomi Mi Mix original?

A Xiaomi apresentou hoje um dos mais aguardados dispositivos do ano, na forma do Xiaomi Mi Mix 2, um smartphone tri bezel-less que sucede ao pioneiro Xiaomi Mi Mix. Mas onde poderíamos esperar uma actualização incremental, a Xiaomi quiçá surpreendeu e apresentou um dispositivo com inúmeras mudanças que melhora substancialmente o seu antecessor, para se tornar um dispositivo muito mais capaz, eficaz e atraente.

A começar pelo ecrã que, repensa por completo a filosofia do Mix original. Largo e amplo, o dispositivo era por vezes difícil de manusear, algo que a Xiaomi corrigiu por completo, optando por uma unidade de 5.99 polegadas e perfil 18:9, conferindo ao Xiaomi Mi Mix 2 um perfil mais estreito e alongado. O ecrã é agora um IPS LCD com resolução QHD 2160×1080 e mantém um único lábio amplo na base, onde encaixa a câmara frontal e sensores diversos.

Face ao Xiaomi Mi Mix, este ecrã inclui agora uma diferença fundamental: a Xiaomi deixou cair o altifalante pieozeléctrico e optou por uma implementação muito engenhosa, onde o som da chamada é orientado por uma conduta para uma ranhura muito discreta entre o ecrã e a moldura lateral. O altifalante propriamente dito, esse encontra-se posicionado bem atrás do ecrã. O som deverá melhorar substancialmente face ao Xiaomi Mi Mix original, com o seu som que ressoava através do ecrã.

Quanto ao design, o dispositivo apresenta uma filosofia mais agarrada aos cantos arredondados, que se estendem até aos limites do ecrã. A moldura é de metal e o painel traseiro continua a ser no interessante e cobiçado material cerâmico. Aqui a Xiaomi quis facilitar a produção do dispositivo, mas existirá uma versão especial totalmente em cerâmica, que a Xiaomi indica ser o primeiro smartphone monobloco em cerâmica.

Quanto ao restante hardware, o Xiaomi Mi Mix 2 aproveita os principais componentes tecnológicos deste final de ano, equipando-se com um potente Snapdragon 835 com um mínimo de 6GB de RAM. O Mix 2 será, no entanto, declinado em quatro versões distintas, três das quais terão 6GB de RAM e 64/128 ou 256GB de armazenamento interno, enquanto uma quarta terá 8GB de RAM e 128GB de armazenamento interno, tornando o Mix 2 um colossal instrumento para multitasking.

A câmara é herdada do Xiaomi Mi 6, com 12MP de resolução, abertura f/2.0 e estabilização óptica de imagem de 4 eixos. A melhoria é substancial, face à câmara sub-óptima que equipava o Mix original.

Entretanto, a bateria é agora mais curta, somente 3400mAh, algo que muitos utilizadores lamentarão, mas que parece um resultado óbvio de termos um equipamento mais compacto no geral.

De destacar que o Xiaomi Mi Mix 2 é o mais recente dispositivo a abandonar o jack áudio. A partir de agora, os auscultadores terão que funcionar via BlueTooth, ou via USB-C, que é também compatível com QuickCharge 3.0. O Mix 2 chega já com BlueTooth 5.0, pelo que poderemos usufruir de maior transmissão de dados por esta via e emparelhar diversos dispositivos em paralelo.

Uma última peça de interesse é que o Xiaomi Mi Mix 2 inclui agora 43 bandas, 22 das quais LTE, o que permitirá uma utilização muito mais ágil nos mercados internacionais.

Na sua versão base, com 6Gb de RAM e 64GB de armazenamento, podemos esperar gastar cerca de $500, com a edição especial em cerâmica a custar bem mais, na ordem dos $700, um preço substancialmente superior, mas ainda assim dificilmente comparável ao dos principais concorrentes do Mix, que conseguem ser ainda mais caros.