O computador ideal para alguém é uma questão subjectiva, mas se tem uma lista ambiciosa de especificações de que necessita, o HP ZBook Studio G4 Dreamcolor provavelmente cumpre a maioria da lista ou supera-a simplesmente. Esta workstation será inquestionavelmente uma das mais potentes ferramentas ao dispor de qualquer profissional gráfico ou matemático, com um hardware extremamente ambicioso pensado para utilização profissional de alta intensidade e durabilidade.
Características
O HP ZBook Studio G4 DreamColor possui um conjunto de características praticamente tão ilimitadas quanto é possível obter num computador portátil hoje em dia, sem comprometer espessura, peso ou portabilidade.
Mas estas especificações serão mais conhecidas pelos editores de vídeo e profissionais que pelo utilizador comum ou gamer. A começar pela presença a bordo de um Intel Xeon E3-1535M v6 a 3.1GHz (turbo até 4.1GHz), o mais potente processador da família Kaby Lake-H. Este quad-core fabricado com tecnologia de 14nm FinFET recebeu novas afinações nos ajustes de voltagem e taxas de frequência para melhor comportamento dinâmico, e coloca-se algo acima do Intel Core i7-7920HQ em termos de velocidades.
No longo diálogo sobre qual a melhor família de chips (Core ou Xeon), os chips Xeon não são concebidos para os picos de performance elevada dos Core, mas para performance sustentada com grande eficiência e baixa taxa de erro. São por isso geralmente mais fiáveis para trabalho 24/7.
Outra característica distinta do ZBook Studio G4 é a inclusão de uma gráfica NVIDIA Quadro M1200 com 4GB de RAM GDDR5. Se em termos de capacidades é semelhante à NVIDIA GTX960M, existem diferenças fundamentais, como as drivers certificadas para maior estabilidade e performance geral com programas profissionais de edição de imagem e CAD.
Finalmente, embora nem toda a gama seja equipada com este ecrã, o nosso HP ZBook Studio G4 Dreamcolor acrescenta o ecrã 4K com tecnologia Dreamcolor que permite calibrar on the go o ecrã para diversos espaços de cor, ideal para profissionais de vídeo e imagem.
Processador: Intel Xeon E3-1535M v6 @ 3.1GHz
Sistema operativo: Windows 10 Pro
RAM: 32GB
Armazenamento: 500GB PCIe SSD
Ecrã: 15.6 polegadas, 4K
Placa gráfica: NVIDIA Quadro M1200, 4GB GDDR5
Bluetooth: Bluetooth 4.1
Portas: Lado esquerdo: 1 RJ-45, 1 USB 3.0, 1 USB 3.0 (carregamento)
Lado direito: 1 conector de alimentação, 2 USB Type-C™ (Thunderbolt™ 3, DisplayPort™ 1.2, USB 3.1), 1 HDMI 1.4. 1 USB 3.0, combo de entrada de microfone estéreo/saída de auscultadores
Design robusto e corporativo
O design do HP ZBook Studio G4 Dreamcolor é certamente institucional, incorporando o novo logótipo da HP e linhas discretas que não escondem a gama alta do equipamento. A construção é em metal e, por isso, o Zbook é algo pesado, mas tem um perfil bastante fino e delgado, graças a uma boa utilização dos ângulos em direcção às margens exteriores que são rematadas por frisos em metal natural.
A parte inferior do ZBook tem um revestimento algo aveludado que se mostra muito adequado à utilização intensiva, mas o maior destaque aqui é a facilidade com que o painel inferior pode ser desmontado para expor por completo os componentes internos, facilitando manutenção e upgrades, já que este é um equipamento perfeitamente capaz de receber componentes extras. É também por aqui que o equipamento faz a sua refrigeração, espalhando o ar quente sem ventoinhas incómodas nas laterais.
Já a área de trabalho é bastante importante e temos aqui uma das mais espaçosas que podemos encontrar num computador destas dimensões. Não temos um teclado numérico dedicado, mas as laterais possuem duas colunas estéreo da Bang & Olufsen bastante espaçosas cuja posição as impede de se verem abafadas acidentalmente, enquanto o trackpad é realmente amplo e bem localizado na sua posição algo à esquerda.
Experiência de utilização
Performance
É justo dizer que não tiro total partido da capacidade excepcional que o ZBook coloca ao meu dispor. É o tipo de equipamento móvel que encheria as medidas a um profissional da Adobe com o Premiere a editar vídeo, ou Autodesk Maya a renderizar hora sobre hore em qualquer momento.
Mas isto diz muito da capacidade que o equipamento tem para encaixar as tarefas mais quotidianas e tarefas menos ambiciosas. O sistema, aqui, pontua por uma excepcional capacidade de resposta a solicitações e uma igual estabilidade, não tendo crashado em momento algum ao longo das semanas de teste, algo que não costumo mencionar, mas que de facto acontece sempre num ou noutro momento com qualquer equipamento.
Naquelas tarefas que são geneticamente feitas para o Zbook, a exportação de vídeo com o Lightworks, ou de imagem com o Lightroom, são apreciavelmente rápidas, sem que o equipamento aqueça particularmente. Embora a base possa aquecer com este trabalho mais intenso, o repouso das mãos não aumenta significativamente de temperatura. Quando o equipamento aquece, podemos ouvir o assobio das duas ventoinhas, mas este nunca se torna incomodativo por comparação a outros dispositivos que já passaram por nós.
Fundamentalmente, a performance do ZBook Studio G4 deixou-nos sempre com a sensação de que o equipamento ainda tinha mais para dar, o que é sempre bom.
Já o som que emana das colunas Bang & Olufsen é bastante audível e com qualidade acima da média para um computador portátil. A excelente colocação das colunas nas laterais da superfície de trabalho ajudam à separação de canais e impedem as mãos de repousar sobre elas, abafando-as.
São condições ideais para trabalhar intensivamente sem a fadiga causada por uma base quente ou pelo constante soprar do sistema de refrigeração.
Ecrã
Por diversos motivos, o ecrã DreamColor 4K do ZBook G4 será dos melhores que a indústria coloca ao nosso dispor. O facto de ser Dreamcolor significa que vem preparado para calibração profissional autónoma, mas também com a ferramenta DreamColor que permite calibrar o ecrã para diversos espaços de cor, incluindo Adobe RGB, sRGB, DCI P3 ou BT.709.
Para quem faz edição de vídeo e imagem, as vantagens deste ecrã são inúmeras, incluindo predefinições específicas de calibração para edição de fotos, vídeo, pós produção DCI ou pré-impressão. Isto significa que se o ZBook for utilizado como workstation autónoma para diversas frases do processo de tratamento de imagem ou vídeo, o ecrã pode adaptar-se facilmente às necessidades de qualquer gráfico, fotógrafo ou editor de vídeo.
A gama dinâmica é, de resto, excelente, e permite-nos apreciar com bom olho o nosso trabalho, mas como ecrã de escritório normal destaca-se ainda pela elevada luminosidade que será das mais impressionantes sob a luz externa, permitindo um trabalho muito confortável, mesmo sob a luz do sol. Evidentemente que o brilho aumentará ainda mais com conexão à corrente. O painel mostra ainda excelente qualidade na reprodução de cores quando corre multimédia, obviamente uma característica imprescindível se o vamos utilizar para produção vídeo, e o contraste é soberbo, com negros bastante profundos, apesar da superfície mate. Este acabamento certamente ajuda a manter uma boa legibilidade à luz do dia, já que reduz os reflexos.
Um último ponto de destaque é a abertura de mais de 100 graus que permite um ajuste bastante amplo do ângulo de visão. O ecrã não é táctil e alguns poderão não apoiar essa opção, no entanto não me parece pertinente numa máquina desta tipologia.
Nem tudo é perfeito. A HP optou por desactivar a GPU Intel integrada, talvez uma consequência da inclusão da tecnologia DreamColor, e com isso não temos tecnologia Optimus funcional. Esta tecnologia que alterna entre as gráficas conforme a carga poderia certamente poupar alguma bateria ao recorrer à gráfica integrada.
Teclado
Digo sem grandes restrições que é impossível encontrar um teclado que supere o do ZBook G4 DreamColor. As teclas estão razoavelmente espaçadas umas das outras, permitindo teclar com os dedos em posição confortável e praticamente sem erro por pressão na tecla errada.
Mas, mais especificamente, as teclas têm uma distância de viagem de cerca de 1mm e uma pressão de resposta extremamente baixa, o que requer um esforço quase nulo para teclar, mesmo durante longos períodos de tempo. Devo dizer, nesta fase, que o teclado aqui presente será dos melhores (se não o melhor) com que pude trabalhar em tempos recentes, sem fadiga e com elevada precisão.
Logo abaixo do teclado, o trackpad faz-se notar pela eficácia. Caso estejamos preocupados com toques acidentais, um duplo toque rápido desactiva-o, e podemos reactivá-lo do mesmo modo. Os movimentos são fluídos e os gestos como zoom ou swype bastante precisos, sendo fácil que nos habituemos a trabalhar neste trackpad sem real necessidade de rato externo em uma boa parte do nosso trabalho.
Bateria
O HP ZBook Studio G4 DreamColor tem diversos pontos que podem trabalhar contra si em termos de autonomia de bateria, a começar pelo ecrã 4K. Obviamente que as opções com ecrã FHD e processadores menos potentes conseguirão esticar a duração da bateria, mas este é definitivamente um aspecto que me surpreendeu pela positiva.
Ao longo do dia, o ZBook fez sempre pelo menos duas horas de trabalho em bateria com o ecrã na luminosidade máxima no exterior, mais algumas horas em casa ainda em bateria. Ao todo, diria que uma utilização folgada, com ligação à rede (Wi-Fi) ou 4G deverá durar pelo menos 4 horas, o que é razoável, se não excepcional. Claro que não precisamos estar constantemente com o ecrã nos 4K, pelo que poderemos esticar razoavelmente esta duração.
A vantagem da bateria será, no entanto, a velocidade com que os 64Wh carregam, com uma carga a atingir os 50% em meia hora, pelo nos momentos em que necessitei de algum sumo extra bastaram alguns minutos para retomar o trabalho sem receios de ficar sem energia.
Conclusão
Com um preço que ronda os 5000 Euros, o HP ZBook Studio G4 DreamColor na configuração que testámos não é um dispositivo barato, mas o preço parece justo para um conjunto de componentes que reúnem o que de melhor se faz na indústria actualmente. Portanto, este preço faz-se notar na performance geral do equipamento, no funcionamento de cada componente e na elevada qualidade das prestações do teclado, rato ou ecrã.
Para muitos, a combinação de 32GB de RAM com um Xeon de última geração e um ecrã 4K com calibração profissional, fazem deste um equipamento que poderá bem ser de sonho para qualquer editor de vídeo, fotógrafo profissional ou qualquer outro profissional que trabalhe com dados estatísticos ou gráficos complexos. É certamente um equipamento de topo cujos limites serão difíceis de ultrapassar.
Mas talvez o que realmente cative no HP ZBook Studio G4 DreamColor seja a extraordinária capacidade de trabalharmos com grande conforto durante várias horas, sem a fadiga e cansaço de teclados duros ou ecrãs poucos vibrantes, apesar da inquestionável capacidade do hardware que temos sob as mãos. Poucos dispositivos podem de facto rivalizar com o HP Zbook Studio G4 DreamColor nestas configurações, graças aos grandes desafios de conseguir uma máquina tão equilibrada e tão potente ao mesmo tempo, ponto no qual a HP consegue na sua nova gama Studio G4.
Para outras necessidades, as opções com Intel Core i7 e ecrãs não DreamColor também valem a pena verificar.
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