Entre o absoluto melhor e os smartphones pensados para serem económicos há um segmento crescentemente confuso onde é difícil um smartphone sobressair e diferenciar-se, graças ao precário equilíbrio que deve manter entre preço e características. Desde as nossas primeiras impressões, pude utilizar o Huawei Mate 20 Lite num elevado conjunto de circunstâncias e, antes da publicação da review, devo admitir que este equipamento me deixou seriamente convencido e deve ser seriamente considerado como um dos melhores smartphones do ano abaixo de €400.
Desde logo, falamos de um terminal simplesmente bonito! Não há nada de absolutamente surpreendente, já que na sua forma mais básica temos uma sanduíche de metal entre dois painéis de vidro, mas com a lista no painel traseiro a enquadrar câmaras e leitor de impressões digitais, o Mate certamente tem um look com raça. Na mão é impossível não nos apercebermos dos acabamentos e remates de um equipamento que foi claramente pensado e trabalhado ao detalhe, ficando bem, mesmo face a equipamentos mais caros
Mas o Mate 20 Lite não é só bom para os olhos. A Huawei lançou aqui o seu melhor processador de gama média de sempre, na forma do Kirin 710, oferecendo-nos uma excelente combinação entre potência e eficiência energética. O Kirin 710 é recente, avançado, e encaixa sem problemas uma utilização puxada. Com a GPU Turbo a bordo, mesmo os jogos podem ser jogados sem receio, a não ser que sejamos extremamente exigentes. Não o sou, e por isso destaco mesmo a autonomia com a bateria de 3750mAh com carregamento rápido, que dará para bem perto de um dia de utilização ao meu estilo.
Outro ponto onde o Huawei Mate 20 Lite me convenceu profundamente foi na área fotográfica. A Huawei vocaciona-o para os amantes das selfies, mas não deixem que isso vos engane: as câmaras principais oferecem facilmente resultados será realmente imbatível é na qualidade fotográfica. Gostaria sinceramente que a segunda câmara fosse útil, mas a concorrência não vai mais longe que isto, e em termos de qualidade da câmara principal, o Mate simplesmente dá resultados fáceis: as cores são garridas, o detalhe louvável, e a gama dinâmica é interessante para este segmento de preço. À noite, o Mate perde alguma qualidade, mas continua a permitir resultados acima da média. Acima de tudo, graças a uma app cheia de funções, podemos extrair o máximo das potencialidades da câmara na maioria dos momentos, e é um prazer usar a câmara.
Não é isto dizer que o Huawei Mate 20 Lite é perfeito. A maior lacuna que lhe podemos apontar, no entanto, pode ter pouco impacto na utilização quotidiana. Trata-se da omissão do Bluetooth 5.0 que já chegou a praticamente todos os seus concorrentes, mas num daqueles detalhes que por vezes passa ao lado dos consumidores, a Huawei implementou um protocolo diferente para o Bluetooth: o HWA (Hi-Res Wireless Audio) da Savitech, que permite taxas de transferência de 900Kbps, uma excelente alternativa ao LDAC da Sony, ou ao Qualcomm AptX:HD com 576Kbps, e que permite ao Lite ser uma boa alternativa para amantes do áudio, com auscultadores wireless, e também via jack áudio, com a Huawei a oferecer um modo áudio 3D.
O resultado final deste dispositivo é um equipamento onde temos de ir ao detalhe para encontrarmos pontos onde ele esteja aquém dos equipamentos uns bons €200 mais caros, sendo caso em alguns momentos para nos perguntarmos se essa diferença de preço é proporcional aos extras oferecidos. O Huawei Mate 20 Lite é um exemplo soberbo da gama média premium que tem sido o motor de expansão das marcas Chinesas e o mercado tem poucas alternativas para um tão completo equilíbrio de características.
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