A ARM anunciou hoje novos núcleos e gráficas Mali, baseadas na nova arquitetura ARMv9, apresentada em Março e que substitui a ARMv8, deixando para trás a computação a 32 bits.

Em primeiro lugar, a ARM anunciou o ARM Cortex-X2, substituto do X1, para um aumento da performance de 16% em condições semelhantes, mas o aumento poderá ser mais substancial, considerando que até à sua chegada ao mercado em 2022, os processos de fabrico irão evoluir significativamente.

A ARM tem grandes ambições para o seu X2, comparando-a favoravelmente a um Intel i5-1135G7, indicando que a performance, thread a thread, é 40% superior no Cortex-X2 e vamos poder combinar até 8 destes núcleos em aplicações específicas. O alvo aqui é mesmo a Intel: a ARM antevê com as comparações aos Intel Core, que os seus novos núcleos possam ser combinados em poderosos sistemas integrados Cortex-Mali para os computadores de amanhã.

No que parece ser uma tentativa de reposicionar o X2 como o núcleo de performance de eleição para os desenhos futuros, a ARM deslocou os Cortex A de topo para a gama média e concentrou-se na eficiência energética, o novo Cortex-A710 oferecendo 30% de economia sobre o A78, mas apenas um ganho de 10% de performance.

No entanto, reconhecendo que o gaming é cada vez mais importante nos smartphones, o Cortex-A710 é ajustado para este tipo função, onde oferecerá mais de 30% de performance extra por comparação ao Cortex-A78.

Tanto no Cortex-X2, quanto no Cortex-A710, há uma aposta forte na inteligência artificial, com uma duplicação da performance.

Entretanto, boas notícias: temos finalmente um sucessor para os Cortex-A55 que têm sido a base de muitos desenhos desde há quatro anos e que já necessitavam de um refresh. O novo Cortex-A510 traz consigo o triplo das capacidades IA e uma performance 35% superior globalmente.

Um problema destes núcleos mais baratos é que oferecem enormes evoluções para os smartphones baratos, mas demoram bastante tempo a ser adotados. Para acelerar a adoção, a ARM decidiu que os Cortex-A510 partilham hardware. Ou seja, foram feitos para trabalhar aos pares com complementaridade de componentes, de forma a cada um ser mais barato de produzir do que um núcleo puro e independente.

Finalmente, a ARM também apresentou novas GPU: as Mali-G710, G610, G510 e G310. Com a G710, a ARM quis criar uma GPU capaz de ser usada à vontade em Chromebooks e, por isso, traz 20% mais performance e eficiência energética e 35% de incrementos em tarefas de inteligência artificial.

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