A nova decisão é a mais recente no movimento do governo para apertar o controlo sobre o uso da internet no país.

De acordo com a Administração do Ciberespaço da China (CAC), sites como redes sociais e fóruns de discussão terão de verificar a identidade real dos utilizadores registados antes que possam ter permissão para publicar alguma coisa nas suas plataformas. Os comentários sobre as notícias também devem ser revistos pelo site antes que possam aparecer on-line, de acordo com um relatório do South China Morning Post.

Por exemplo, o Zhihu, um site de discussão, já começou a pedir aos utilizadores que verifiquem as suas identidades com o seu número de telemóvel, que estão ligados aos cartões de identificação dos utilizadores.

Os que recusam este passo não podem publicar no site.

A CAC afirma que a nova regra é para simplesmente lutar contra falsas notícias. Os comentários on-line deram origem à “disseminação de rumores falsos, falta de linguagem e informações ilegais”, afirmou.

E é claro, os únicos comentários que encontramos no Weibo, a versão bem censurada do Twitter na China, foram aqueles que elogiam o movimento.

“Este movimento deveria ter sido implementado há anos”, afirma um utilizador no Weibo; outro afirma que “A liberdade de expressão não significa que é uma pessoa responsável. Ser responsável pelo seu discurso é a verdadeira liberdade!”.

Mas esta nova decisão é apenas uma das muitas que a China implementou nos últimos meses numa tentativa de repressão à liberdade de expressão on-line.

Anteriormente, em Julho, foi proibida a transmissão ao vivo e também bloqueados os acessos de utilizadores a VPN’s. Muitas pessoas em toda a China confiam em VPN’s para aceder a sites estrangeiros populares que estão bloqueados no país, como Google, Facebook e Twitter.

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