Ontem, deu-se um incidente cá por casa que é de extrema raridade, resultando num smartphone mergulhado de cabeça num pacote de arroz agulha, depois de um triplo mortal e queda de cabeça numa certa peça de loiça de WC, com uma entrada digna dos Jogos Olímpicos. Depois do arroz, temos as restantes alternativas para a remoção de humidade, mas é bem provavelmente que este smartphone veterano não ressuscite. Ironicamente, é uma excelente peça de tecnologia que pode ser encontrada atualmente por algures entre €800 e €1000, mas à qual faltava um componente essencial que o poderia ter salvo. É um componente básico, que encontrei facilmente no TCL 10L e no TCL 10 Pro, substancialmente baratos.
Estão a olhar para esta imagem? Estão a ver o que é?
Uma simples borracha que sela a entrada para o compartimento do cartão SIM. Uma gaxeta em termos mais técnicos, visível aqui em vermelho no tabuleiro compacto do TCL 10 Pro, mas que também podem encontrá-la no tabuleiro do TCL 10L que custa uns miseráveis €279.99, não €800.
Bom, a TCL não publicita qualquer tipo de certificação nos dois terminais, por um lado porque isso custa dinheiro, por outro porque cria expectativas: eu não quero lavar o smartphone debaixo da torneira só porque tem IP68, mas admito que há quem seja arrojado a esse nível. Mas eis-me a abrir o tabuleiro de um smartphone de menos de €300 e a dar conta desta peça importantíssima que teria, se não salvo o outro smartphone, pelo menos limitado a entrada de água ao auscultador e pouco mais. Isto, assumindo que o TCL 10L e o TCL 10 Pro não têm proteções adicionais nestes pontos! Não me surpreenderia que tivessem, considerando que se deram ao trabalho de desenhar toda a montagem do cartão SIM para incorporar esta borracha adicional.
Esta peça teria feito toda a diferença na salvação deste infeliz smartphone, já que foi apenas a parte superior que se viu submersa durante escassos segundos.
Todos os smartphones deveriam estar protegidos a este nível
Pelo menos aqueles que custam perto de um salário normal ou mais. Mas não estão, mesmo alguns mais caros, como se algumas simples gaxetas fossem impactar seriamente no preço.
E vocês podem dizer-me “Marco, há muitos mais smartphones com gaxeta”. Sim há, mas nesta gama de preço mais rapidamente pagamos mais dinheiro por um pouco mais de memória, ou um processador mais forte que morrerá ao primeiro contacto com a água, do que por uma construção que realmente poupe o nosso investimento. Que o diga a LG, que continua a ser a marca que ainda aposta a sério em smartphones que não apanham humidade quando lhes espirramos para cima.
No segmento de preço do TCL 10 Pro, talvez exista uma maior aposta na segurança do smartphone. No segmento do TCL 10L? Nem tanto.
Não estou a usar o TCL 10L como mote para este artigo por nada. Acometido de dúvidas, comecei a abrir os tabuleiros dos cartões SIM de diversos smartphones cá por casa e, para minha surpresa, a gaxeta prima pela ausência, mesmo em smartphones com preços acima dos €400.
Isto não é totalmente surpreendente. Porque eu e muitos milhões de utilizadores só pensamos neste detalhe no dia em que levamos o smartphone ao técnico porque deixou de ligar e tem humidade em todo o lado, ou porque nem vale a pena levá-lo a lado algum porque sabemos o que lhe aconteceu. Melhor para as marcas, que mais vendem e mais poupam com cada dispositivo.
Mas, os smartphones são cada vez mais importantes para nós, reunindo fatias cada vez mais importantes da nossa vida. Detalhes tão simples, mas tão fundamentais, não deveriam ser descurados, nem por nós, nem pelas marcas.
Não sendo assim, parabéns à TCL por prestar atenção aos detalhes e oferece aos seus utilizadores uma segurança extra, um smartphone potencialmente mais durável. Troquei um smartphone de €800 por um de €279 que tem metade da probabilidade de morrer nas mesmas circunstâncias e, se morrer, custa-me menos de metade a substituir.
E vocês, querem sequer saber quão bem protegido está o vosso investimento?