Um capacete pode ser um objeto fundamental na era da mobilidade moderna com trotinetes e e-bikes, mas não é o equipamento mais cómodo de transportar connosco. Entra em cena o Flattie, vencedor da primeira edição em Portugal do James Dyson Award.

O Flattie é um capacete, mas é muito mais. É uma inteligente solução de engenharia que fornece um capacete que, quando não em uso, é totalmente plano e perfeitamente transportável. Possui um forro de cortiça aglomerada e um revestimento de poliuretano termoplástico, com cavidades cheias com fluido espessante de cisalhamento para uma proteção acrescida.

Quando não em uso, as suas dimensões são as de um portátil de 15″. É igualmente constituído por partes desmontáveis que são por isso facilmente recicladas e reaproveitadas, contribuindo para a economia circular.

O processo de design foi muito desafiante, uma vez que a ideia era não só reduzir o atrito na adoção de capacetes pelos utilizadores de micromobilidade, mas também inovar em termos de sustentabilidade, criando um capacete com uma menor pegada de carbono e totalmente circular. Este material amigo do ambiente não só aumenta a segurança ao resistir a múltiplos impactos sem perder as suas capacidades de proteção como se torna sustentável pelo facto do material resistente permitir um uso mais prolongado do produto. Vencer o James Dyson Award, com o seu prestígio, é uma grande honra, e acredito que pode ser o apoio que o projeto precisa para dar um próximo passo.” – explica Gabriel Serra

Como vencedor do James Dyson Award em Portugal, o Flattie recebeu um prémio de 5700€, e a possibilidade de avançar para a segunda fase do projeto que consiste no aperfeiçoamento do produto. Entretanto, a 18 de Outubro será revelada a lista dos 20 melhores projetos internacionais e os vencedores serão anunciados a 15 de Novembro.

Além do Flattie, concorreram ao James Dyson Award dezenas de projetos inovadores, destacando-se ainda os runner-ups:

Rotiphera
Problema: Os rotíferos são zooplâncton vital para a sobrevivência das larvas de peixe. O colapso das populações de rotíferos ocorre devido a uma quantificação imprecisa e à variabilidade dos alimentos. Existe a necessidade por parte dos gestores de incubadoras e de instalações de peixe-zebra de disporem de uma solução integrada para gerir as populações de rotíferos, reduzir os erros de contagem humana e ajustar as necessidades de alimentação de microalgas, poupando tempo, custos de mão de obra e recursos.

Solução: O Rotiphera automatiza a quantificação dos rotíferos e ajusta a sua alimentação, melhorando a sobrevivência dos peixes e a disponibilidade de alimentos. Este projeto é uma solução para a ausência de um sistema de gestão automatizado de rotíferos que combate as atuais práticas ineficientes, promove uma utilização mais sustentável dos recursos e aumenta os resultados da produção em instalações de aquacultura e investigação de peixe-zebra.

SmartPills
Problema: O isolamento e a negligência para com os idosos é uma realidade que resulta numa redução dos cuidados de saúde e da qualidade de vida dos mesmos. De forma a que esta parte da população consiga manter um certo grau de independência é essencial apoio externo. 

Solução: O SmartPills é um dispensador inteligente de medicamentos com o objetivo de ajudar a população idosa a ultrapassar as limitações desenvolvidas durante o envelhecimento, ao mesmo tempo que apoia os prestadores de cuidados na gestão e ligação ao paciente. Sempre que a medicação é dispensada, o dispositivo alerta o utente e, se alguma dose for esquecida, o dispositivo comunica esse facto ao prestador de cuidados designado que pode, a qualquer momento, iniciar o contacto com o utente através de uma videochamada.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui