Evan Blass voltou à carga. Se querem guardar um segredo, não o mostrem a Blass: o leakster do VentureBeat revelou desta vez renders frontais dos Galaxy S9 e Galaxy S9+. Blass raramente se engana ou se deixa enganar, mas desta vez as imagens colocadas online mostram algo muito estranho e altamente inesperado. Antes de prosseguirmos, fiquem com a imagem e voltamos já a falar:

Perceberam? Conseguem ver?

Precisamente: rebordos de vários milímetros a toda a volta. Depois de ter subido a fasquia em termos de quão mínimos podem ser os rebordos num ecrã, com os Galaxy S8 e Note8, a Samsung poderá ter uns bons dois milímetros de espessura de rebordos nas laterais dos futuros Galaxy S9.

Considerando que os ecrãs deverão recuperar as laterais curvas Edge, este rebordo é ainda mais surpreendente pela sua expressão quando visto de frente. De facto, lembra um pouco a abordagem “bezel-less” do iPhone X, com rebordos bastante notórios a toda a volta num ecrã fabricado – obviamente – pela Samsung. Não há como colocar isto de outro modo: face ao Galaxy S8, estes rebordos aumentaram para o dobro, quando se esperava um adelgaçar máximo.

A Samsung tem, claramente, a tecnologia para conseguir criar painéis OLED com rebordos muito inferiores. Estes parecem mais afins dos imitadores Chineses que geralmente vemos, e não há muitos motivos para tal acontecer. Ou Evan se enganou (e se deixou enganar) ou existe uma razão mais profunda para estes bezels densos que, quanto a mim, será funcional.

O fim da era bezel-less?

Vamos ser honestos nisto: os ecrãs bezel-less podem ser mais uma tara do que algo realmente prático. A era dos ecrãs bezel-less deu-nos ao mesmo tempo ecrãs extremamente caros para reparar e incrivelmente frágeis, a partir do momento que há uma queda e a parte activa do ecrã vai até ao limite exterior máximo possível.

Os rebordos ajudam a dar integridade extra aos ecrãs, protegendo-os (até certo ponto) contra danos de choque e queda, e de arranhões por contacto numa parte activa do ecrã, evitando perda de funcionalidade. Mas podem encontrar-se lá também para evitar toques em falso nos extremos exteriores da tela OLED, facilitando a utilização global do dispositivo.

Saindo dos extremos em termos de bezels, recuando algo para margens mais visíveis poderá ser, assim uma mais-valia para os utilizadores que se viram subitamente agarrados a smartphones extremamente bonitos, mas incrivelmente frágeis. A Samsung parece ter decidido que o funcional servirá os consumidores melhor que o fanatismo estilístico, oferecendo um ecrã mais durável e com maior protecção à custa de não aderir tanto à moda bezel-less

Poderá a moda do bezel-less começar a declinar ainda na infância?

Declinar não, mas certamente veremos uma pausa nos exageros extremos que nos encantaram em 2017. Acredito que veremos uma reformulação do que é um smartphone “bezel-less”. Tudo indica, olhando para as possibilidades deste ano para Sony, Motorola ou Huawei, que teremos ecrãs rodeados de um rebordo de segurança, por mais que os consumidores esperem painéis sem absolutamente nada à volta. Esses virão no futuro, sim, com melhores materiais que garantam protecção adequada a componentes que custam centenas de Euros. Até lá, as marcas parecem começar a recuar nos exageros.

Para um juízo final teremos de esperar pelo dia 25 de Fevereiro. Até lá, o que pensam da nova abordagem patente na imagem deste artigo?

 

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