Para quem viu a emergência das marcas Chinesas no mercado internacional, a Huawei é um nome incontornável. Foi a primeira a se destacar e mostrar ser igual ou melhor que as marcas clássicas, apostando em produtos tecnologicamente avançados e preços que capitalizavam nisso mesmo e não num “nome”. A Honor foi a sua marca online, depois a sua marca budget que se tornou um sucesso junto dos amantes de tecnologia. No entanto, com os ataques cerrados da administração Trump, a Huawei tomou uma decisão dura de se separar da Honor, dando-lhe a oportunidade de seguir sozinha. Esse caminho começou hoje.
Depois de já termos visto informações anteriores neste sentido, hoje a Huawei anunciou oficialmente a venda da Honor à Shenzhen Zhixin New Information Technology Co., Ltd, um consórcio composto por mais de 30 parceiros com ligação à Honor. Falamos de fornecedores, agentes, revendedores. Este acordo permitirá assim à Honor continuar a operar fora do campo de batalha entre a Huawei e a administração Americana cessante, e manterá fundamentalmente intacta a estrutura da Honor, incluindo estruturas de produção e funcionários.
O caminho da Honor a partir de agora
Face às sanções Americanas, a sobrevivência da Honor depende de ser completamente dissociada da Huawei e, embora tenha herdado alguns quadros de topo da Huawei, além de uns 6000 funcionários da cadeira de distribuição da Huawei, a Honor terá de trilhar o seu próprio caminho.
Isto significa que os dispositivos Honor, que até agora tinham muito em comum com os da Huawei, com algum rebranding pelo meio, poderão tornar-se bem diferentes. Especificamente, a Honor poderá apostar em processadores de marcas como a Qualcomm e MediaTek, em vez dos HiSilicon da casa-mãe, estando esta última também em mares agitados.
Com Trump decididamente fora da Casa Branca sem que esta guerra ridícula tenha beneficiado alguém, talvez a administração Biden altere a sua postura, mas a Huawei claramente não está à espera para decidir.
Fonte: Huawei