Será para mim o maior destaque nas características do novo Moto Z2 Force: o ecrã POLED passou ao lado de rumores e passou ao lado de muitos destaques que se focaram na fraca bateria ou no potente processador. Mas é o ecrã POLED a grande novidade e pode trazer grandes coisas para o futuro próximo no mundo dos smartphones.

Antes de mais, o que raio é um POLED?

Os POLED são telas LED com substrato de plástico, em vez do tradicional substrato de vidro, pelo que são mais facilmente dobráveis e podem adaptar-se a novas formas, não só nos smartphones, mas também em outras aplicações, como electrodomésticos ou sistemas automóveis. Era precisamente o material utilizado no painel curvo do LG G Flex 2 de 2014, um smartphone que apaixonou pela sua forma peculiar e ergonómica, mas que em última instância não deixou de fazer parte de um nicho.

O seu maior problema era o quão dispendiosa e limitada se mostrava a tecnologia por essa altura e o LG G Flex 2 pecava também pelas suas limitações, mantendo-se numa resolução HD. A própria LG, por então, apostava já no FHD e em 2015 já estaria a pleno vapor no 2K, resolução que o LG V10 possuiria. Face a isto, o LG G Flex 2 tinha poucas hipóteses de competir num mercado que cada vez mais exigia painéis de boa resolução.

Excepto que a LG investiu forte no final de 2016 para produzir POLED de segunda geração, com destaque para as aplicações automotivas e claro, smartphones. O Moto Z2 Force é o primeiro dispositivo a usar um POLED sem realmente tirar total partido dele excepto num factor crucial: o plástico, ao ser mais flexível que o vidro, pode ser moldado de modo mais fino e com maior resistência a danos, pelo que o ecrã é sem dúvida um dos pontos que permitiu à Moto tirar cerca de 1mm à espessura do dispositivo, já que um painel POLED tem cerca de metade da espessura de um OLED com substrato de vidro.

É possível que também os futuros Google Pixel 2 e Pixel 2 XL cheguem com ecrãs POLED produzidos pela LG, e sabe-se que também o LG V30 será equipado com um ecrã OLED, portanto eventualmente POLED.

Mas tudo isto são peanuts. Com os dados disponíveis relativos a todos estes dispositivos, sabemos que uma das limitações dos ecrãs POLED está ultrapassada e uma tela deste tipo pode sem dúvida possuir resoluções na ordem dos 2K, pelo que um futuro Flex poderia ter um ecrã soberbo, com ergonomia única e ainda assim resistente aos danos.

Será que no mundo dos Edge existe ainda um mercado para um LG G Flex? Se existe, então este é o momento certo, porque finalmente a tecnologia está lá para criar um smartphone sem sérias limitações. É certo que o factor de forma do LG G FLex não será para todos, mas a curvatura do ecrã permite uma navegação mais fácil com uma única mão, já que a extremidade mais distante se aproxima graças ao arco que descreve.

Quem gostaria de ver um LG G Flex 3 no mercado?

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