Os avanços e recuos de que o LG G7 foi alvo são quase um romance épico. Durante algum tempo, duvidou-se mesmo que viesse a chamar-se G7, depois um protótipo foi interpretado como sendo um suposto esforço cancelado. Agora, com o lançamento do LG G7 ThinQ, a LG coloca no mercado efectivamente um equipamento que não tem nada a temer em relação aos seus principais concorrentes. Muito pelo contrário.

Um ponto que salta à vista no LG G7 ThinQ é a sua grande ruptura com o design tradicional da LG, se bem que possamos também dizer que há um regresso às origens. Especificamente, o notch. Como tem sido a tendência este ano, também o LG G7 possui um notch.

No entanto, e embora a LG não queira chamar-lhe um ecrã secundário, a marca optou por deixar os utilizadores disfarçar o entalhe, com um blackout que simula um rebordo sem interrupções. Ora este rebordo pode ser configurado em cor e aparência (com os cantos arredondados ou não), numa reminiscência do primeiro ecrã secundário da LG, no LG V10. Por então, também o LG V10 tinha um notch, mas encostado ao canto.

O ecrã propriamente dito possui 6.1 polegadas de dimensão e resolução QHD+ 3120×1440, com proporções de 19.5:9. Trata-se de um painel LCD inovador, do tipo “M+” que oferece brilho sem paralelo de 1000 nits com um arranjo RGBW e ainda oferece funcionalidade HDR.

Face ao ecrã do LG G6, G7 oferece uma unidade maior e com rebordos ainda mais pequenos.

Design de ruptura

O design do LG G7 ThinQ rompe com os últimos anos da LG que sempre preferiu câmaras alinhadas na horizontal. Aqui passam para a vertical e alinham-se ao centro, fugindo à moda do dia. O leitor biométrico está logo abaixo, mas ao contrário das últimas iterações da marca, não inclui um botão Power.

Com uma moldura em alumínio e vidro nos painéis frontal e traseiro, o LG G7 ThinQ oferece o tipo de construção que podemos esperar de um flagship. A sua grande novidade será, no entanto, a inclusão dum botão físico específico para invocar o Google Assistant, se bem que o painel traseiro em vidro permite a inclusão de carregamento wireless.

Hardware irrepreensível

Se nos lembrarmos dos primeiros dados obtidos sobre o LG G7, estes apontavam para 4GB de RAM. Poderá ser assim em alguns mercados, quiçá, mas o LG G7 foi anunciado com respeitáveis 6GB de RAM para municiarem o Snapdragon 845. Aqui, um ponto extra para a LG que, além de oferecer 128GB de armazenamento interno nos dá ainda a possibilidade de incluir um cartão microSD.

Mas o áudio é ainda melhor

Em consonância com as anteriores fugas de informação, o LG G7 ThinQ é – no papel – dos melhores equipamentos para audiófilos actualmente presentes no mercado.

A relocalização do altifalante estéreo para o interior do LG significa que todo o espaço interno é utilizado como câmara de ressonância, como uma sala de concertos no bolso, e o efeito deverá ser ainda mais interessante quando o equipamento está pousado sobre uma superfície.

Outro ponto de inovação é que o LG G7 ThinQ inclui igualmente áudio DTS-X que consegue simular som surround 7.1 directamente nos auscultadores, pela primeira vez num smartphone.

Por outro lado, a emissão áudio via jack de 3,5mm beneficia de um Quad DAC da ESS e é bom ver que a LG não esteve com retórica e manteve simplesmente o jack áudio conectado a hardware de topo. Finalmente, o LG G7 é equipado com dois microfones com alcance de 5 metros, o que será extremamente interessante para a utilização com o Google Assistant.

A grande aposta nas câmaras

Num ano em que veremos câmaras triplas, a LG manteve-se fiel a si mesma, optando por câmaras duplas, uma opção recorrente na marca Coreana desde o LG G5.

Desta vez, uma câmara de 16MP oferece uma abertura de f/1.6, com OIS e foco por laser e detecção de fases. Curiosamente, esta câmara encontra-se emparelhada com uma câmara de f/1.9 ultragrande angular de foco fixo. Embora possa parecer estranho o foco fixo num smartphone de gama alta, os fotógrafos saberão que com as objectivas grande angulares possuem uma grande profundidade de campo, com o que se diz que os objectos estão sempre em foco.

Quanto às selfies, temos ao nosso dispor uma câmara de 8MP com abertura f/1.9 e 90º de ângulo de visão.

De acordo com a LG, as câmaras do LG G7 ThinQ beneficiam de inteligência artificial para a detecção de cenas e a câmara secundária pode ajudar a câmara principal na detecção da profundidade para um modo de retrato com maior separação do plano de fundo.

Preço e disponibilidade

Ora este foi o único ponto que a LG não tocou, curiosamente. O LG G7 ThinQ estará disponível em New Platinum Gray, New Aurora Black, New Moroccan Blue e Raspberry Red, mas nenhuma das versões tem ainda o preço anunciado.

Obviamente que o LG G7 ThinQ será lançado com o Android Oreo, com o compromisso de actualização para o Android P.

Em jeito de conclusão, é certo que o LG G7 ThinQ chega depois dos principais equipamentos do início do ano, mas como a LG já tinha afirmado, os seus smartphones serão lançados quando considerarem que é altura, sem pressas para tentar chegar primeiro. O resultado final é um equipamento que – no papel – não deve nada em especificações a qualquer outro equipamento. Não possui certamente a contenção do LG G6, enquanto possui todo o factor inovador do seu antecessor. Resta saber se o mercado irá fazer valer estas opções.

 

 

 

 

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