O Mediatek Dimensity 1000 parece um excelente processador no papel, um concorrente muito digno ao Snapdragon 865, mas parece ainda não ser o sucesso de vendas que merece. A Mediatek fez uma fuga para a frente e apresentou hoje o Dimensity 1000+ que acrescenta um muito importante suporte para ecrãs com 144Hz de taxa de atualização.
É um valor obtido com ecrãs FHD+, com rácio ate 21:9, enquanto o MiraEngine converterá conteúdos SDR para HDR, à semelhança do que encontramos em alguns smartphones, como o TCL 10 Pro, mas também ajustará em tempo real o contraste, cor e nitidez dos vídeos 4K.
Embora a arquitectura mantenha os mesmos 4 Cortex A77 a 2.6Ghz e 4 Cortex A55 a 2.0GHz, a conectividade do Dimensity 1000+ é muito melhorada, com a introdução da tecnologia 5G UltraSave, que alterna entre larguras de banda, dependendo de quais as necessidades de cada app, o que permitirá poupar 32% no consumo energético. Ao mesmo tempo. Do lado do HyperEngine 2.0, encontramos diminuição da latência Wi-Fi e Bluetooth, o que autorizará uma experiência gaming mais fluída, sem interrupções na conexão com a rede ou com os periféricos.
No palco do lançamento, a ascendente IQOO revelou estar a trabalhar num smartphone com este chip, e muito provavelmente terá um ecrã de 144Hz, tornando-se potencialmente um grande equipamento para gaming.
Mas, há aqui uma grande incógnita: Por mais impressionante que seja o Dimensity 1000 nos benchmarks, as marcas parecem ainda não estar dispostas a apostar na Mediatek na gama alta. Não depois dos fiascos ainda recentes com os Helio X, e do historial da marca para pouco suporte pós-venda, resultando no facto muito desanimador de que até agora nenhum smartphone chegou ao mercado com o Dimensity 1000, apesar de promessas da BlackView ou rumores relativos ao OnePlus Z, por exemplo.
Poderá o Dimensity 1000+ trilhar um novo caminho?
