-A família Moto G sempre foi conhecida pelos equipamentos de preços muito justos e características equilibradas. Este ano a Motorola foi mais experimentalista, mas com os moto G30 e Moto G10 regressa à essência desta família de smartphones, ainda que pareça estar num processo de reorganização da sua segmentação. Ora, com a sua câmara de 64MP, o Moto G30 é claramente o destaque, sem perder de vista quem quer uma pechincha.

Económico, mas moderno

O Moto G30 é um interessante compromisso de hardware e preço, destacando-se como já dissemos, pela sua câmara de 64MP, mas tem outros pontos a seu favor. Por exemplo, o ecrã de 6.5 polegadas apresenta resolução HD numa era em que já se esperaria uma quase completa dominância dos ecrãs FHD. Em troca, o painel IPS apresenta a muito requisitada taxa de atualização de 90Hz.

O processamento dá claro sinal de que este smartphone não perde de vista o objetivo do preço barato. A bordo temos o Snapdragon 662 que já tem – sei lá – dois anos de serviço, mas confesso que continua a ser dos meus chips favoritos pela boa relação performance-eficiência. Poderemos depois optar por 4 ou 6GB de RAM e 128GB de armazenamento interno.

Voltando às câmaras, a principal unidade de 64MP é acompanhada de uma ultragrande angular de 8MP e duas câmaras de 2MP algo pedestres, para macro e dados de profundidade. O vídeo é estritamente 1080p por impossibilidade do próprio processador. À frente, a câmara selfie apresenta 13MP.

Portanto, temos ainda a bateria de 5000mAh, um valor muito supimpa para este processador, o que não me deixa qualquer dúvida de que teremos uma autonomia de dois dias com utilização normal. O carregamento, esse, será de 20W.

Moto G10: para todos os bolsos

O Moto G10 é muito semelhante ao Moto G30, mas com um hardware mais restrito. Podem dizer adeus à taxa de atualização de 90Hz, embora o ecrã se mantenha com a mesma resolução e dimensões.

O processador, entretanto, é o Snapdragon 460, um octa-core capaz que partilha o essencial da engenharia do Snapdragon 662, embora com um clock mais baixo. Para cortar ainda mais no peso do preço, podemos adquirir o Moto G10 com 4GB de RAM e 64GB de armazenamento, mas existirá igualmente uma versão com 128GB.

No departamento fotográfico, troca-se a câmara de 64MP por uma de 48MP, mantendo-se as restantes. À frente, uma última troca: a câmara é agora de 8MP.

Ao chegarmos à bateria, felizmente temos os mesmos 5000mAh, mas o carregamento é de apenas 10W, o que significará pelo menos duas horas para a reabastecer. Em contrapartida, não creio que tenhamos de nos preocupar com isso em menos de dois dias.

Ora bem, para rematar falta indicar que tanto o G30 quanto o G10 chegam com Android 11 e IP52 de certificação, portanto à prova de pó e salpicos. Isto é muito importante em smartphones que custam €150 no caso do G10 e €180 no caso do G30.

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