A Honor oficializou hoje o Honor 30S, e a maior novidade deste terminal muito interessante será muito obviamente o novo processador que o equipa, o Kirin 820 5G. O novo chip é um octa-core moderno, fabricado em 7nm, com conectividade 5G, mas talvez acima de tudo, inquestionavelmente poderoso.
O Kirin 820 não deve ser confundido com o seu antecessor, o Kirin 810, não obstante partilharem uma litografia. Para adequar o seu processador às exigências da rede 5G, a Huawei repensou-o profundamente e alterou-lhe a arquitectura em igual medida. O resultado final é quase incomparável e este será o mais poderoso chip de gama média que a Huawei alguma vez possuiu, e isto em termos comparativos com a sua concorrência.
Também o Kirin 810 é um octa-core, mas possui dois Cortex A76 de alta performance e quatro Cortex A55 de eficiência. O Kirin 820, entretanto, inclui um Cortex A76 dito “grande” a 2.36GHz, três Cortex A76 normais a 2.22GHz, e quatro Cortex A55 a 1.84GHz.
As tarefas de inteligência artificial ficam a cargo de uma NPU de um núcleo, e um novo ISP é incluído para analisar sinais e imagem, prometendo 15% mais de eficiência energética com 30% na redução de ruído.
A Huawei é uma especialista em inteligência artificial: em 2017, o Kirin 970 foi o primeiro processador móvel a utilizar uma NPU dedicada e, em 2018, o Kirin 980 foi o primeiro a utilizar uma NPU de dois núcleos. Não surpreende, por isso, que o Kirin 820 tenha saltado diretamente para o topo dos benchmarks de inteligência artificial, atrás apenas do Kirin 990, também da HiSilicon. No posicionamento global, o Honor 30S é o sexto telemóvel com melhor pontuação, atrás de equipamentos como os Huawei Mate 30, Huawei P40 ou Honor V30.
E claro, a 5G é uma área onde a Huawei é também uma líder mundial e o Kirin 820 é o seu primeiro chip 5G de gama média, com suporte para redes SA e NSA, se bem que as velocidades não foram reveladas.
No papel, o Kirin 820 pode bem competir com o Snapdragon 765, dando à Huawei um processador capaz de competir a sério na gama média alta, provando que a Huawei tem bem os recursos para aumentar a sua competitividade, mesmo em tempos adversos.