A discussão Samsung Galaxy S10+ contra OnePlus vs contra Xiaomi é um beco sem saída. A verdade é que se tiverem €1000 para gastar num smartphone e vontade de o fazer, não há nenhuma razão para passarem ao lado do Samsung Galaxy S10, e ainda menos para passarem ao lado do Samsung Galaxy S10+. Este equipamento é extremamente completo e oferece um conjunto de especificações que simplesmente não vamos encontrar abaixo deste preço, por mais que o marketing e a hype nos levem a pensar o contrário. Mas, no meio de todas estas características, afinal quais são aquelas que me levam a pensar que o Samsung Galaxy S10+ é o melhor smartphone do momento?

O áudio que sempre quisemos (e não tivemos)

A Samsung tem melhorado a grandes passos o áudio dos seus equipamentos de topo, principalmente desde que adquiriu a AKG e começou a tirar partido das tecnologias de áudio desse mítico nome. O seu melhor resultado de sempre é o Samsung Galaxy S10+, ou uma lista muito impressionante de especificações de áudio.

A samsung deveria confessar que está a utilizar o S10+ como caixa de ressonância. Certo Samsung?

A Samsung diz-nos apenas que temos dois altifalantes estéreo, algo que podemos encontrar em concorrentes como o Huawei Mate 20 Pro, ou o LG G8 ThinQ, mas no caso do Galaxy o painel traseiro vibra visivelmente com quando uma música ou filme estão em andamento e em termos de coice puro, o Galaxy simplesmente arrasa a concorrência. É um festival de decibéis que ainda consegue ter excelente detalhe, com os baixos bem reproduzidos, finalmente permitindo-nos jogar ou ver bons filmes sem nos sentirmos obrigados a por auscultadores.

Mas se os quisermos colocar, temos uma entrada P2, aka jack áudio, ou jack 3,5mm. Obrigado Samsung, porque mesmo que utilize auscultadores Bluetooth por conveniência, quando não conto andar a saltitar entre secretárias, prefiro usufruir dos meus Marshall e este jack está praticamente ao nível do que a LG tem vindo a oferecer com o seu quad-DAC.

Por dentro, é de destacar que o Galaxy S10+ é capaz de descodificar áudio de alta resolução de 32 bits e áudio DSD. A Samsung voltou a apostar no Dolby Atmos e a tecnologia é simplesmente irrepreensível no recriar de texturas que a conversão para mp3 geralmente perde. No entanto, o toque de magia é no Adapt Sound que faz uma diferença notória na nossa capacidade de percepcionar música com o máximo de qualidade

Um prodígio da engenharia

Porque é que pagamos uma pequena fortuna por este smartphone? De certo modo está à vista: a qualidade de construção do Samsung Galaxy S10+ é a nova fasquia de qualidade no mundo mobile.

Não digo isto de ânimo leve. Não me apercebi sequer do que a Samsung tinha conseguido fazer quando toquei este terminal em Londres. Aí notei que era extremamente leve e compacto, mas quão compacto?

O Samsung Galaxy S10+ rouba 0,8mm de espessura e 14 gramas ao Huawei Mate 20 Pro. Faz diferença, e o Galaxy parece leve e extremamente confortável. Não seria um feito importante, mas dentro desta carcaça compacta a Samsung colocou:

  • Certificação IP68
  • Bateria de 4100mAh com carregamento wireless
  • Arrefecimento por câmara de vapor.

Não é fácil conseguir tanto num smartphone tão compacto e desta feita ninguém o fez tão bem quanto a Samsung. Este tipo de perícia exige tolerâncias mínimas e um elevado controlo de qualidade, mas no final são as mãos menos cansadas do utilizador quem beneficia.

Finalmente, autonomia para power users

É a mais pura verdade: os Galaxy S sempre tiveram pernas curtas para toda a potência que ofereciam, mas como disse acima, desta vez temos uma bateria de 4100mAh e nunca me senti tão seguro com um Galaxy. Muito do trabalho que podem ler neste blogue é feito em mobile, pelo que a autonomia está no topo das minhas prioridades.

A parada sobe face aos 3500mAh do Galaxy S9+, aliada a um processador e arrefecimento mais eficiente. A refrigeração com câmara de vapor ajuda a manter a temperatura mais baixa sob carga intensa, com impacto positivo na eficiência energética do dispositivo. O efeito prático é que mesmo eu devo conseguir chegar ao final do dia com carga suficiente para não ir a correr para casa, se bem que ainda não estejamos ao nível de um BlackBerry Key2. As especificações de ambos os dispositivos são incomparáveis, no entanto.

Um detalhe é que o carregamento ainda não está ao nível do mobilizado pelas concorrentes Chinesas. A Samsung ficou-se pelos 15W, mas introduz o carregamento inverso de outros dispositivos. Funciona que é um mimo, e se não podemos utilizar o Galaxy enquanto estamos neste processo, a verdade é que uns minutos para carregar um relógio ou outro equipamento podem fazer toda a diferença.

Este ecrã revolucionário

Há mais a acontecer debaixo do ecrã dos S10 e S10+ do que na maioria da concorrência. Este é o primeiro painel Dynamic AMOLED com HDR10+, o que significa que quem tiver acesso a conteúdos HDR poderá visualizá-los com melhor qualidade, graças ao HDR dinâmico. Sem um serviço deste género, posso somente validar que o ecrã é irrepreensível em termos de exposição de detalhes e gama de cor. Tudo o que vocês precisam é mesmo de conteúdos que puxem por ele.

A unidade de 6.4 polegadas caracteriza-se obviamente por alojar as duas câmaras frontais numa perfuração. Pode parecer estranho à primeira vez, mas ganha-se espaço em relação ao notch e os restantes rebordos são mínimos, para um ecrã activo recordista, que perde apenas para os sliders.

Uma última tecnologia de monta é o leitor ultrassónico sob o ecrã. Continuamos com algo inferior aos leitores tradicionais, mas claramente superior aos leitores ópticos, se bem que o processo de configuração possa ser moroso.

Cinco câmaras, todas úteis

No que diz respeito a câmaras, não gosto de artimanhas e prefiro uma boa câmara a múltiplas inúteis, e não sinto qualquer charme nas câmaras que só lá estão para marketing. O Samsung Galaxy S10+ dá-nos um total de 5 câmaras e são todas úteis.

Desde logo porque ambas as unidades de 12MP possuem estabilização óptica de imagem uma consideração que falha a muitas marcas. Entretanto, a ultragrande angular oferece generosos 16MP de resolução, enquanto à frente temos uma combinação de 10MP + 8MP para efeito de bokeh. A combinação de câmaras está cheia de funcionalidades, incluindo Dual Pixel AF, câmara lenta a 960fps e talvez o ponto mais inovador, a capacidade de filmar em HDR em tempo real. Em breve, o Adobe Premiere Rush CC permitirá editar no próprio smartphone vídeos 4, tornando o Galaxy S10+ um equipamento de eleição para criativos e produtores de conteúdos.

Potência de sobra

O nosso Samsung GalaxyS10+ chega equipado com 8GB de RAM e 128GB de armazenamento interno expansível até 512GB. O processador é o Exynos 9820, um in house da Samsung que muitos percepcionam como inferior ao Snapdragon 855, mas as diferenças que podemos ver na imprensa da especialidade são francamente pouco expressivas para o notarmos em termos práticos.

A verdade prática é que as apps abrem e carregam num piscar de olhos, e não temos problemas de performance em vídeo de alta resolução ou jogos com gráficos no máximo, tipo World Of tanks, que consegue ser bastante exigente e separa os homens dos meninos. Ajuda sem dúvida a refrigeração por câmara de vapor, para evitar a subida exagerada do calor.

Conclusão

Este artigo é apenas uma opinião pessoal, com base na minha ainda curta experiência com o Samsung Galaxy S10+, e que pode não traduzir tudo o que este dispositivo tem de bom ou de mau, mas mesmo com alguns dias de utilização é óbvio que este terminal é simplesmente “mais telemóvel” que a sua concorrência que é francamente feroz. Mas a Samsung fez um trabalho colossal em conseguir encher o Galaxy de funcionalidades sem cortar na qualidade de construção, onde este será o smartphone mais potente para o seu tamanho. Convenhamos que estes são o tipo de detalhes que marcam a diferença.

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