Os smartphones foldable são uma das grandes tendências do ano e um triunfo tecnológico para Huawei e Samsung, que serão as pioneiras neste campo, mas são também um grande desafio tecnológico com muito para correr mal. Com algumas unidades enviadas para meios de comunicação para review, os relatos multiplicaram-se denunciando avarias, embora em boa verdade uma boa parte dos problemas fossem evitáveis com bom-senso.
Especificamente, tratando-se de um ecrã flexível protegido por um filme de polímero para protecção adicional, é caso para perguntarmos porque estão jornalistas e bloggers experientes a arrancar este filme, confundindo-o com um protector de ecrã, efectivamente danificando permanentemente o ecrã em si. Mais especificamente, é difícil compreender como é que indivíduos tão experientes não sabem distinguir um filme amovível, com a típica patilha para ser levantado, de um aplicado na fábrica e destinado a ser mantido. Não é como a existência deste filme não tivesse sido apontada durante o lançamento oficial, ou se películas instaladas de fábrica fossem uma novidade. Ou como se não estivessem conscientes de que estes ecrãs dobráveis são precisamente painéis OLED com um filme plástico a substituir o vidro.
Esta confusão será bem pior no caso de utilizadores inexperientes que poderão levar a cabo o mesmo procedimento, removendo uma peça fundamental do ecrã do Galaxy Fold.
Se diversos casos, incluindo o Marques Brownlee, podem ser imputados a pura tontaria desnecessária, pelo menos no caso do site The Verge, o ecrã parece ser vulnerável a deformação no caso de se alojarem detritos sob o painel.
Entretanto, via PocketNow, a Samsung já indicou que iria analisar as unidades danificadas para determinar a causa dos problemas. No entanto, poderá mesmo não existir nada de intrinsecamente errado com o Samsung Galaxy Fold, mesmo que os problemas ilustrem bem os desafios que terão de passar as marcas que quiserem colocar no mercado dispositivos dobráveis frágeis e propensos a danos.